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EUA vão pintar de preto muro na fronteira com México: ‘Mais quente e difícil de escalar’

O muro que separa os Estados Unidos do México será pintado de preto para tornar a estrutura quente demais para se escalar, com o intuito de afastar imigrantes que tentarem entrar no país ilegalmente, segundo o governo de Donald Trump. A informação foi dada na terça-feira 19 pela secretária do Departamento de Segurança Interna americano, Kristi Noem, no contexto de um cerco intenso para barrar o fluxo de estrangeiros que buscam nova vida em solo americano, marcado por performáticas e ampliadas operações do ICE, a polícia de imigração.

(O muro) é alto, o que o torna muito, muito difícil de se escalar, quase impossível. Ele também penetra profundamente no solo, o que faz com que seja difícil cavar um buraco por baixo. E hoje, também vamos pintá-lo de preto”, declarou Noem durante uma coletiva de imprensa em Santa Teresa, Novo México, diante da estrutura, justificando que “quando algo é pintado de preto, fica ainda mais quente e difícil de escalar”.

Noem declarou que a ação ocorre “especificamente a pedido do presidente Donald Trump“, após seu governo dizer que o mês de junho viu apenas 6 mil detenções de imigrantes na fronteira sul, 15% a menos que no mês anterior e uma baixa histórica. Para o mandatário, a queda foi motivada pelo aumento das prisões e detenções de imigrantes irregulares, que também vêm desincentivando as tentativas de entrada no país.

Até o momento, não foi informado o valor a ser investido para colocar em prática o empreendimento de pintar a barreira. No entanto, o sistema tem mais de US$ 46 bilhões garantidos para sua modernização devido ao financiamento garantido por meio da lei que ficou conhecida como “grande e linda”, proposta por Trump e aprovada pelo Congresso no mês passado. A maioria dos recursos deve ser utilizada para construção de seções adicionais: dos aproximadamente 2 mil quilômetros de fronteira terrestre que os Estados Unidos compartilham com o México, 1.200 quilômetros têm alguma espécie de barreira (seja uma cerca ou um muro de concreto). Atualmente, menos de 1 quilômetro de barreiras é erguido por dia.

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O fascínio de Trump com o muro da fronteira sul marcou se primeiro mandato. Nos idos de 2018, seu governo já havia considerado pintar mais de 128 quilômetros de muro. Em sua segunda passagem pela Casa Branca, o presidente continua elogiando a também “grande e linda” parede entre os países, mas mudou o foco da agenda anti-imigração para a fiscalização e deportação de ilegais.

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Desde seu retorno ao cargo, o número de imigrantes detidos despencou, com baixas recordes de 4,6 mil em junho e 6 mil em julho, uma redução de 92% em comparação ao ano anterior. Anteriormente, a gestão de Joe Biden chegou a registrar números diários que igualavam ou superavam esses valores.

Se o número de detidos na fronteira diminui, no interior do país ele segue subindo. A cruzada de Trump contra estrangeiros em situação irregular já prendeu mais de 300 mil imigrantes desde o início de seu mandato, em janeiro. Apesar da Casa Branca argumentar que prioriza aqueles com antecedentes criminais, organizações alertam que há muitas pessoas com infrações menores, ou até sem ficha na polícia, sendo detidas.

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