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EUA divulgam primeiras fotos de navios de guerra no Caribe, próximos à Venezuela

Pouco antes de anunciar que tropas americanas atacaram uma embarcação que supostamente transportava drogas da Venezuela, o governo dos Estados Unidos divulgou, nesta terça-feira, 2, as primeiras imagens da frota de guerra enviada ao Caribe, próximo à costa venezuelana.

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As fotos mostram o USS Iwo Jima, navio de ataque anfíbio, e os transportes USS San Antonio e USS Fort Lauderdale, todos com capacidade para transportar mísseis e canhões. O porte da frota sugere mais um potencial de ataque do que uma simples operação antinarcóticos.

Segundo o Exército norte-americano, os navios estão na região desde o final de agosto, mas as imagens só foram divulgadas agora por razões estratégicas. Oficialmente, a Casa Branca afirma que a missão visa combater cartéis latino-americanos de drogas classificados como organizações terroristas pelo governo Trump. Contudo, Washington não confirma nem descarta a possibilidade de uma intervenção militar contra Caracas.

A tensão cresce na Venezuela. Nesta terça-feira, o presidente Donald Trump, confirmou o ataque a uma embarcação venezuelana, dizendo que “tem mais de onde veio isso”. Pouco depois, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que as “Forças Armadas dos EUA realizaram um ataque letal no sul do Caribe contra um navio de drogas que havia partido da Venezuela e era operado por uma organização designada como narcoterrorista”.

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Navio anfíbio USS San Antonio navegando no mar do Caribe em 28 de agosto de 2025
Navio anfíbio USS San Antonio navegando no mar do Caribe em 28 de agosto de 2025Mass Communication Specialist Seaman Logan Goins/U.S. Navy/Divulgação

Na segunda-feira, 1, o presidente Nicolás Maduro afirmou que os oito navios americanos estão “apontados” para o país e prometeu reação armada em caso de agressão. Em discurso recente, Maduro reforçou que não há como os EUA invadirem a Venezuela e mobilizou 4,5 milhões de milicianos, além das forças armadas oficiais, que somam 337 mil militares, 229 aeronaves (126 operacionais), 172 tanques e 34 navios.

A ação se dá em meio a uma escalada de tensões entre Washington e Caracas. Os EUA acusam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar o Cartel de los Soles — grupo classificado como terrorista pelos Estados Unidos — e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia dado indícios de um possível ataque.

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No mês passado, o governo dos EUA dobrou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro. Em meio à ameaça, o líder chavista reiterou que a Venezuela “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras” contra “a ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”, sem citar os EUA. Ele também mobilizou 4,5 milhões de milicianos chavistas em todo o país, apresentando a medida como uma estratégia de segurança.

Poderio da frota americana

Entre os navios enviados estão três destróieres da classe Arleigh Burke — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — equipados com o sistema de combate Aegis, radar AN/SPY-1 e mais de 90 mísseis guiados, incluindo Tomahawk, capazes de atingir alvos a centenas de quilômetros. O USS Lake Erie, cruzador da classe Ticonderoga, também integra a frota.

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Os navios-doca USS San Antonio e USS Fort Lauderdale transportam tropas, veículos e helicópteros, enquanto o USS Iwo Jima opera aeronaves de decolagem curta e desembarca fuzileiros navais. A presença do submarino nuclear USS Newport News completa o poderio da frota, com capacidade de atacar navios, submarinos e alvos terrestres.

A diferença entre os arsenais de EUA e Venezuela é enorme: os Estados Unidos têm 1,3 milhão de militares da ativa, mais de 13 mil aeronaves, cerca de 440 navios, incluindo 70 submarinos, e um dos maiores arsenais nucleares do planeta. A Venezuela, por sua vez, conta com 337 mil militares, 229 aeronaves (126 operacionais), 172 tanques e 34 navios. Mesmo assim, Maduro reforça a defesa do território com milicianos e equipamentos de origem russa, chinesa e iraniana.

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