O mercado de trabalho americano voltou a decepcionar em agosto, com criação de vagas bem abaixo do esperado De acordo com o Bureau of Labor Statistics (BLS), foram criadas apenas 22 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, praticamente sem mudança em relação aos meses anteriores, o mercado projetava 75 mil vagas. Desde abril, o emprego não tem mostrado variações significativas. A taxa de desemprego permaneceu em 4,3%, com cerca de 7,4 milhões de pessoas sem ocupação. Relatório da ADP, de ontem, também indicou perda de fôlego no mercado de trabalho do país.
Entre os setores, o destaque positivo foi a saúde, que adicionou 31 mil postos de trabalho, puxados por serviços ambulatoriais, instituições de longa permanência, e hospitais. A assistência social também seguiu em alta, com mais 16 mil vagas, concentradas em serviços para famílias e indivíduos.
Na outra ponta, houve queda no governo federal, que acumula perda de 97 mil empregos desde janeiro, e no setor de mineração, pedreiras e extração de petróleo e gás. O comércio atacadista também recuou, acumulando queda de 32 mil desde maio, e a manufatura perdeu 12 mil postos, sendo 15 mil apenas em equipamentos de transporte, impactada por greves.
Do lado da renda, o salário médio por hora no setor privado aumentou 0,10 dólares (0,3%), para 36,53 dólares, acumulando alta de 3,7% em 12 meses. Entre trabalhadores de produção e não supervisores, o ganho médio subiu 0,12 dólares (0,4%), para 31,46 dólares. A jornada média permaneceu em 34,2 horas semanais pelo terceiro mês seguido.