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Estados Unidos intensifica pressão e intercepta mais um petroleiro da Venezuela

Um navio petroleiro que estava à caminho da Venezuela foi interceptado pelos Estados Unidos neste domingo, 21, informaram reportagens da Bloomberg e da Reuters. A interceptação é a terceira que acontece nas últimas duas semanas, depois das capturas do superpetroleiro Centuries no início da manhã de sábado e do Skipper em 10 de dezembro.

Segundo autoridades que falaram sob anonimato às agências, o navio batizado de Bella 1 tinha bandeira panamenha e estava sob sanções americanas. Ele se dirigia à Venezuela para ser abastecido com petróleo para comércio, mas foi interceptado por navios americanos antes de chegar ao destino, ainda em águas internacionais. A Casa Branca e o governo venezuelano ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Trump tem intensificado a pressão sobre Maduro, tentando sufocar a principal fonte de receita do regime. Após a primeira interceptação, realizada na semana passada, as exportações de petróleo bruto da Venezuela recuaram de forma acentuada. Na terça-feira, Trump reforçou o tom ao anunciar publicamente um bloqueio a embarcações sancionadas que entram e saem do país sul-americano, intensificando a pressão sobre o setor de energia venezuelano. Desde então, um embargo de fato começou a se formar, com embarcações carregadas com milhões de barris de petróleo permanecendo em águas venezuelanas para evitar o risco de apreensão.

Embora muitos navios que operam no país estejam sob sanções, parte do petróleo venezuelano, assim como cargas provenientes do Irã e da Rússia, ainda é transportada por embarcações não sancionadas. Empresas como a Chevron, autorizada pelo governo americano, seguem operando com navios próprios. O mercado global segue relativamente bem abastecido, com milhões de barris armazenados em petroleiros ancorados na costa chinesa aguardando descarga. No entanto, caso o embargo se prolongue, a retirada de até um milhão de barris por dia da oferta global pode exercer pressão significativa sobre os preços internacionais do petróleo.

A Venezuela condena a intervenção americana, acusando os EUA de cometerem um “grave ato de pirataria internacional”. Em um comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que vai tomar “todas as medidas cabíveis”, incluindo buscar o Conselho de Segurança da ONU para prestar uma queixa contra os EUA, além de outras organizações multilaterais e governos. Aliado de Maduro, o Irã ofereceu neste sábado cooperação ampla para enfrentar a intensiva americana.

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