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‘Esperança não faz mal’, diz atriz de Lois Lane sobre novo ‘Superman’

Estreia nessa quinta-feira, 10 de julho, a nova versão cinematográfica do herói mais famoso do mundo, o Superman — e, desta vez, a adaptação quer reverenciar os quadrinhos como nunca antes. Dirigido por James Gunn, fanático pelo universo DC, o filme traz personagens secundários ora negligenciados em adaptações do Homem de Aço, como o jornalista Jimmy Olsen e o cão superpoderoso Krypto. Dentre os coadjuvantes, está uma versão cheia de personalidade da repórter Lois Lane, agora interpretada por Rachel Brosnahan como uma obstinada defensora da justiça e grande fã do punk rock e do grunge. Em entrevista a VEJA, a atriz vencedora do Emmy fala sobre as inspirações inusitadas por trás de sua versão da personagem e derrama elogios sobre Gunn:

Como descreveria essa versão de Lois Lane? O que o público vai ver é uma repórter intrépida e um pouco familiar, que é corajosa, ambiciosa, voraz e um pouco intensa. Ela vai aos confins da Terra, ora literalmente, em nome do que acredita. Algo que nossa versão faz, graças ao olhar de James Gunn, é focar no jornalismo que ela exerce, não só como parte da personagem, mas como um poder relevante em Metrópolis e crucial para a aventura central do filme. Ao longo da história, Lois é forçada a se apoiar no instinto e na inteligência que tem para escapar de grandes problemas. Ocasionalmente, aparece um Superman.

Grandes nomes já interpretaram a personagem, como Margot Kidder e Amy Adams. Utilizou algo destas interpretações como referência? É intimidador assumir um papel depois de atrizes brilhantes. Certamente senti a pressão e espero ter superado o desafio. O que mais me inspirou, na verdade, foi uma conversa que tive com uma repórter investigativa de televisão. Perguntei para ela o que a convenceu a ser jornalista e ela me respondeu que a ideia surgiu naturalmente. Na infância, ela se sentia entediada com ser criança, não entendia por que as outras meninas brincavam no parquinho em vez de querer fumar cigarros e furar a orelha. Ela sempre se sentiu atraída à intensidade e aos extremos da condição humana, como um fogo que queimava por dentro, ou um vício por adrenalina. Isso me pareceu muito condizente à versão de Lois que já estava no roteiro de James. 

Os últimos anos de sua carreira foram marcados pelo humor retrô de Maravilhosa Sra. Maisel. Como foi mudar de rotina? Bem, Maisel era filmado como cinema, tínhamos mais tempo do que seriados convencionais para filmar e o valor de produção era enorme. Por conta desse escopo, não foi tão diferente assim. Os dois projetos são meticulosos de jeito parecido. Uma das coisas mais mágicas de Superman foi filmar em Cleveland, em Ohio, que transformamos em Metrópolis. Saímos do hotel e era como se a cidade tivesse mesmo mudado. Passeamos pelo set e bisbilhotamos vitrines cheias de produtos falsos e mais detalhes feitos pelo departamento de arte. É verdade, claro, que fiz coisas que nunca tinha arriscado antes, como voar ou trabalhar com um cachorro feito de computação gráfica, que não existe na hora da filmagem. Tudo foi impressionante, James obviamente passou muito tempo em projetos assim, juntou uma equipe de confiança e atingiu eficiência máxima.

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Krypto, o Supercão, sinaliza o quanto a nova versão do Superman é solar. Por que essa abordagem funcionou tanto na história? Porque veio de James. Nasceu de um lugar de amor pelo material original. Além disso, existe muito caos no mundo contemporâneo, então uma dose de esperança não faz mal. Não quero ser sentimental demais, o filme é também divertido, mas acho que a moral dele é que ser bondoso é bacana.

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