Mais de 800 crianças serão testadas para infecções sexualmente transmissíveis após a adição de quatro creches à lista de locais onde o acusado de pedofilia Joshua Dale Brown, de 26 anos, trabalhou entre janeiro de 2017 e maio de 2025. Anteriormente, 1.200 crianças do estado de Victoria, na Austrália, haviam recebido orientação para testagens devido ao escândalo.
De acordo com o jornal inglês The Guardian, a polícia acredita que o acusado abusou de pelo menos oito crianças, com idades entre cinco meses e dois anos, entre abril de 2022 e janeiro de 2023.
Segundo as autoridades, o risco de exposição das crianças a doenças é baixo, mas a testagem é necessária pela natureza dos crimes cometidos. “Nossa recomendação é uma precaução, e os resultados que recebemos até o momento reafirmam que o risco (de contaminação) é baixo”, afirmou o diretor de saúde de Victoria, Christian McGrath.
O caso foi divulgado no início de julho pela polícia de Victoria e teve grande repercussão no país, principalmente entre pais e responsáveis. Entre os principais pontos está a falta de rigor na triagem de profissionais que trabalham com crianças. A polícia informou que foi “extremamente complexo” estabelecer o histórico de trabalho completo do acusado, uma vez que prestadores de cuidados infantis não têm registros centralizados na Austrália.
Isso causou um atraso nas investigações, gerando frustração em muitas famílias, segundo a comandante interina da polícia de Victoria, Janet Stevenson.
“Estamos trabalhando com um grande volume de informações”, justificou Stevenson. “Cada informação deve ser avaliada e verificada individualmente antes de ser usada como parte da investigação ou divulgada ao público”.
A empresa responsável por muitas das creches onde Brown trabalhou, a Affinity Education Group, informou estar colaborando com as investigações da polícia e disse que se compromete em apoiar as famílias afetadas.
