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Erro de tribunal leva estudante a sofrer ameaças de morte em SC

Uma aluna de Direito da Unoesc, moradora da zona rural de Luzerna, foi injustamente envolvida em uma polêmica nacional — passando a sofrer ameaças em Santa Catarina.

Bolsista de um programa do governo catarinense que oferece universidade gratuita a estudantes de baixa renda, a jovem viu sua vida virar um inferno, depois que o Tribunal de Contas do Estado, por um “erro grosseiro”, segundo o governo de Jorginho Mello, lançou num relatório, sem conferência, dados milionários relacionados ao patrimônio da filha de agricultores.

Segundo o documento, a filha de agricultores e outros 17 estudantes foram vítimas do relatório do órgão. O Governo de Santa Catarina  determinou a investigação para responsabilizar os autores da falha.

“Eu recebi um vídeo da família de Luzerna e me indignou. Uma família de agricultores acusados de ter se beneficiado de bolsa gratuita e ter milhões na conta. A mãe da aluna nem sabia quanto era — mais de 800 milhões de reais, nos dados do tribunal — esse valor. Uma injustiça”, diz Jorginho Mello.

A gestão de Mello oferece universidade gratuita a todos os estudantes de baixa renda em Santa Catarina. A notícia da existência de milionários no programa, gerada pelo relatório do tribunal de contas, causou revolta no estado. O governo descobriu o erro no relatório ao visitar cada um dos supostos bolsistas milionários apontados pelo TCE.

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“O erro chamou atenção do governo logo na primeira leitura do relatório, já que era ilógico que alunos que solicitam bolsas por vulnerabilidade socioeconômica apresentassem patrimônio tão elevado. A resposta veio com agilidade: todos os 18 casos foram verificados in loco e o equívoco foi confirmado”, diz o governo.

“A Secretaria de Estado da Educação identificou que houve falhas na digitalização dos dados patrimoniais enviados pelos próprios estudantes. Ao transferir as informações do papel para o sistema, vírgulas foram posicionadas incorretamente, inflando os valores declarados e criando uma falsa impressão de riqueza”, segue o governo catarinense.

O governo catarinense está finalizando um relatório técnico para responder oficialmente ao TCE-SC. Paralelamente, a Polícia Civil fará uma varredura sobre os 50.000 bolsistas do programa Universidade Gratuita, com o objetivo de garantir a lisura do processo.

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“Se houver qualquer fraude, mesmo que isolada, vamos agir com firmeza. Mas não podemos cometer injustiças com quem realmente precisa. O Universidade Gratuita é o maior programa de democratização do ensino superior do Brasil e vamos protegê-lo com responsabilidade e justiça”, diz o governador.

No relatório do TCE divulgado pela imprensa e que gerou notícias em todo o país, o tribunal admite não ter conferido os dados antes de concluir o relatório: “Caso as informações não decorram de erro grosseiro de preenchimento pelos alunos, chama a atenção a existência de grupos familiares com tais valores patrimoniais e que apresentem renda dentro da margem fixada pelos programa”, diz um trecho do documento divulgado pelo G1.

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