Uma operação de resgate mobilizou no começo da semana a equipe do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha para atender a uma ocorrência envolvendo uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) que estava presa em materiais de pesca nas proximidades de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.
O alerta inicial partiu de um operador de turismo que prontamente acionou o Instituto Baleia à Vista. A equipe do Instituto Argonauta realizou as manobras técnicas necessárias e iniciou os procedimentos de desemalhe. Toda a operação seguiu rigorosamente os protocolos internacionais de segurança, priorizando o bem-estar da baleia e a integridade da equipe de resgate.
No entanto, com o avanço da hora e o comportamento cada vez mais reativo da baleia, além das condições de segurança, a operação foi concluída com a retirada parcial dos petrechos de pesca que envolviam o animal. O Instituto Argonauta permanece monitorando a região e mantém sua equipe em prontidão para uma nova tentativa de liberação completa, caso o animal seja novamente localizado em condições favoráveis. O emalhe de baleias é considerado um acidente, decorrente principalmente da sobreposição das rotas migratórias desses animais com áreas de atividade pesqueira.
O desemalhe de grandes cetáceos é uma atividade de alto risco, que exige capacitação técnica, equipamentos especializados e autorização legal. Intervenções não autorizadas colocam em risco tanto a vida dos animais quanto a segurança humana. Por isso, o Instituto Argonauta orienta que, caso alguém aviste uma baleia enredada ou qualquer outro animal marinho em situação de risco, deve-se acionar imediatamente as autoridades ambientais.