A monogamia flexível surge como uma alternativa contemporânea aos modelos relacionais tradicionais, propondo um caminho do meio entre a monogamia estrita e o poliamor. Neste arranjo, um casal estabelece um compromisso sólido e primário, que serve como âncora emocional, mas define em conjunto regras que permitem experiências externas, sejam elas flertes, conexões emocionais ou encontros sexuais. A premissa fundamental é o consentimento e a comunicação transparente, transformando a estrutura do relacionamento em um acordo personalizado e intencional, que visa honrar os desejos individuais sem abrir mão do comprometimento com o parceiro principal.
A abertura consensual permite que os parceiros explorem suas individualidades de forma mais plena, aliviando a pressão comum em relações tradicionais de que uma única pessoa deve suprir todas as necessidades afetivas e sexuais do outro. Paradoxalmente, ao criar espaço para essas experiências externas, muitos casais relatam um fortalecimento do vínculo principal, com maior honestidade, cumplicidade e renovação do desejo. No entanto, o sucesso dessa dinâmica depende da habilidade de ambos em gerenciar sentimentos complexos, como ciúmes e inseguranças, e do compromisso inabalável com os acordos estabelecidos.
