O general Mário Fernandes disse que o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro debateu um decreto de considerandos que elencavam medidas que comporiam uma ação do Poder Executivo para a equalização e estabilidade com os demais poderes, o que é visto pelo investigadores como a discussão da minuta do golpe.
Durante interrogatório no STF, o general, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, admitiu ter cobrado o próprio chefe, o ministro Luiz Eduardo Ramos, sobre a aplicação das medidas.
“Liguei para o general Ramos, que era o assessor do presidente, e fiz um apelo a ele ‘se existe o movimento, se já foi analisado, se está acima da Constituição Federal, por que não reforçarmos isso?’. Foi o que citei ao general Ramos, mas não sei o que ele fez”, explicou Fernandes, que é réu do núcleo 2 da ação penal que investiga a trama golpista.
O ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência disse ainda acreditar que Bolsonaro sempre busca estar dentro da legalidade em qualquer ação que avaliou executar após a derrota nas urnas em 2022.