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Empresas brasileiras lançam aliança pela sustentabilidade

Na noite de terça-feira, executivos brasileiros, incluindo Marcelo Furtado, do grupo Itaúsa, tiveram que negociar com a polícia de Nova York e o serviço secreto americano para conseguir receber os convidados para um evento marcado no escritório Mattos Filhos, sediado na rua 51, na mesma quadra onde acontecia um evento do presidente Donald Trump.

Após dez tentativas, parte dos convidados conseguiu entrar para assistir ao lançamento do C.A.S.E (Clima, Ação, Solução e Engajamento), uma aliança de empresas como Natura, Itaúsa, Itaú, Bradesco, Vale, Nestlé e Marcopolo. Segundo Fernanda Facchini, executiva de sustentabilidade da Natura, a iniciativa começou com empresas que já participaram ativamente das Conferências das Partes (COPs) e agendas de clima.

“Sempre nos conectamos nesses eventos e notamos que há potencial para juntarmos forças de empresas brasileiras e mostrar à comunidade internacional quanto o Brasil tem possibilidade de desenvolvimento de diversos temas relevantes”, disse Facchini a VEJA. “Temos instituições financeiras, do setor de transporte e outras conectadas com a bioeconomia e a mineração. Conseguimos mostrar que existem bons casos replicáveis, com história, com mensuração e lucro. Esta é uma forma de atrair capital para acelerar algumas dessas agendas.”

Para Facchini a transição energética é facilitada pela fartura de energias renováveis no Brasil. “Muitas multinacionais poderiam construir suas fábricas no país utilizando matérias limpas”, disse ela. Citou ainda bancos brasileiros que financiam iniciativas de agricultura regenerativa e o mecanismo financeiro da Natura, chamado Amazônia Viva, que permite a agricultores o acesso a capital.

A executiva ressaltou a importância que a maior fabricante brasileira de cosméticos dá à bioeconomia, destacando o Parque de Bioeconomia e Inovação, uma área a ser inaugurada em outubro, em Belém, às vésperas da COP30, para agregar soluções sustentáveis, e o Ecoparque da Natura, um complexo industrial e tecnológico da marca, onde funcionará uma fábrica de sabonetes, e serão instaladas duas empresas parceiras com interesse em se conectar no mesmo ecossistema.

“Acreditamos no poder do espaço físico para promover diálogos e gerar um material robusto, que construa essas narrativas”, disse Facchini. “Uma das empresas veio do Rio Grande do Sul depois de ser afetada pelas enchentes. É uma das nossas principais fornecedoras das caixas de sabonetes. Com a proximidade, reduzimos emissões porque os materiais não precisam mais viajar grandes distâncias.”

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