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Empresário morto em Interlagos: saiba por que lutador foi preso e liberado

Um homem de 45 anos, lutador de jiu-jitsu e que trabalha como segurança, foi preso em flagrante na última sexta-feira, 18, no âmbito das investigações da morte do empresário encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Ele pagou fiança e foi liberado no mesmo dia.

Segundo o delegado Rogério Thomaz, chefe da divisão de homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o segurança é um dos quatro homens investigados, suspeitos de algum envolvimento no crime. No entanto, a prisão em flagrante se deu porque, durante uma operação da polícia, ele foi encontrado com 21 munições de calibre 38. “A acusação dele, do flagrante, é posse irregular de munição de calibre permitido. No caso Adalberto, ele ainda não é acusado de nada e figura apenas como investigado”, explicou Thomaz para VEJA neste domingo, 20.

Também na sexta, o mesmo segurança e outros três homens que trabalham no segmento foram conduzidos ao DHPP para serem ouvidos. “Temos pessoas suspeitas de ter algum envolvimento no crime, mas não são exatamente os executores. Por ora, são dois suspeitos sobre os quais há mais elementos [de participação] e outros dois com um pouco menos. São todos ligados à segurança e coordenadores”, explicou o delegado na sexta.

Em junho, os celulares dos coordenadores de segurança haviam sido apreendidos para as investigações.

Relembre o caso

O empresário do ramo de óticas Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, 35, foi visto pela última vez na noite de 30 de maio, durante o Festival Interlagos 2025: Edição Moto, que ocorria no autódromo. Por volta das 19h40, ele conversou por mensagem com a esposa e foi em direção ao carro, no estacionamento, cerca de 200 metros do ponto principal do evento, mas não voltou para casa.

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O corpo dele, no entanto, só foi encontrado na manhã de 3 de junho, por bombeiros e dentro de um buraco de três metros de profundidade e 45 centímetros de diâmetro. Ele estava preso na parte superior da fenda, sem sinais de ferimentos aparentes e com terra no rosto e nas vias respiratórias.

A polícia começou a suspeitar de que tenha ocorrido um homicídio porque a carteira com dinheiro, documentos, celular, aliança e capacete estavam no local. Faltavam apenas calças e tênis. Não havia sinais de queda, luta ou tentativa de fuga, e o local não apresentava vestígios de sangue.

As investigações apontam que a morte deve ter ocorrido entre 36 e 40 horas antes da descoberta do corpo, descartando a hipótese de morte no próprio poço. A delegada chefe do DHPP, Ivalda Aleixo, considera mais provável que o corpo tenha sido colocado no buraco depois da morte.

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Exames toxicológicos e radiografias estão em andamento para identificar substâncias no organismo do empresário, possíveis sinais de violência interna ou tentativas de defesa. Os laudos já obtidos até o momento apontam que a causa da morte foi asfixia.

Além da hipótese de que ele tenha sido assassinado, a polícia também não descarta a possibilidade de que o crime tenha ocorrido após um golpe do “boa noite, Cinderela”, mas ainda não há nenhum indício concreto. As autoridades também acreditam que mais de uma pessoa esteja envolvida no crime.

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