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Emissões da Amazon sobem 6% em 2024 impulsionadas pelo avanço da inteligência artificial

As emissões de carbono da Amazon voltaram a crescer em 2024, marcando o primeiro aumento em três anos.

O avanço foi impulsionado principalmente pela expansão de data centers voltados à inteligência artificial e pelo consumo de combustível em sua rede de entregas, segundo o relatório anual de sustentabilidade da empresa, divulgado nesta quarta-feira (17).

A maior varejista online do mundo emitiu 68,25 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente no ano passado — um aumento de 6% em relação a 2023.

Desde que se comprometeu, em 2019, a zerar suas emissões líquidas até 2040, o volume total de gases de efeito estufa liberado pela empresa aumentou cerca de um terço.

Amazon e outras gigantes da tecnologia vêm investindo pesadamente na construção de data centers para atender à crescente demanda por aplicações baseadas em inteligência artificial.

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Essas instalações exigem grandes volumes de energia e são construídas com materiais como aço e concreto, que possuem alta pegada de carbono.

O boom dos centros de dados tem gerado preocupação entre ambientalistas, que alertam para o aumento da demanda elétrica e o possível retorno do uso de gás natural e carvão em algumas regiões, fontes que haviam sido gradualmente substituídas por energias renováveis no setor de tecnologia.

Diante desse cenário, empresas como Amazon, Alphabet (Google), Meta (Facebook) e Microsoft têm firmado acordos para adquirir energia nuclear livre de carbono nos próximos anos.

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Apesar dos compromissos ambientais assumidos, os números mostram que as promessas de neutralidade climática seguem sob pressão.

Em 2024, as emissões associadas à eletricidade comprada pela Amazon cresceram 1%,  a primeira alta desde que a companhia começou a divulgar esses dados, em 2019.

Segundo o relatório, esse aumento se deve, em parte, ao consumo extra de energia necessário para sustentar tecnologias avançadas.

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A empresa destacou que o cenário reforça a importância de expandir fontes de energia livres de carbono para continuar oferecendo os serviços que os clientes demandam.

Outras big techs também enfrentam dilemas semelhantes. A Microsoft, por exemplo, emitiu 15,35 milhões de toneladas de CO₂ equivalente em 2023, com aumento significativo impulsionado pela produção de hardware e expansão de data centers.

A Meta reportou 5,6 milhões de toneladas no mesmo período e afirma que 100% de suas operações já são abastecidas com energia renovável.

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Já o Google contabilizou 10,2 milhões de toneladas, com crescimento atribuído, sobretudo, à infraestrutura necessária para suportar ferramentas de inteligência artificial.

A comparação revela um padrão: embora as gigantes da tecnologia liderem a transformação digital e mantenham metas ambiciosas de sustentabilidade, a corrida pela inteligência artificial vem pressionando suas pegadas de carbono.

Reduzir emissões, ao mesmo tempo em que escalam suas operações, será um dos maiores desafios para o setor na próxima década.

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