O presidente da França, Emmanuel Macron, em visita de Estado à China nesta quinta-feira, 4, pediu que seu homólogo, Xi Jinping, ajude a encerrar a guerra na Ucrânia. Líderes europeus olham para Pequim para ampliar a influência sobre as negociações lideradas pelos Estados Unidos, que a União Europeia acredita estarem favoráveis demais à Rússia, enquanto o líder chinês busca com a visita do francês ganhos diplomáticos e comerciais.
Uma enorme delegação empresarial acompanha Macron em sua quarta visita oficial à segunda maior economia do mundo, em que tenta consolidar suas credenciais em política externa e garantir acordos comerciais para a indústria francesa, na tentativa de revitalizar seu legado político nos anos finais de seu mandato, após um período turbulento, e antes das eleições presidenciais de 2027.
A China, por sua vez, deseja amenizar as fricções comerciais com os 27 membros da União Europeia em relação à sua robusta indústria de veículos elétricos, ao mesmo tempo em que se apresenta como um parceiro comercial confiável e um mercado alternativo aos Estados Unidos em meio ao tarifaço do presidente Donald Trump.
“Agora, mais do que nunca, o diálogo entre a China e a França é vital”, disse Macron ao seu anfitrião durante uma reunião no Grande Salão do Povo, em Pequim. “Proponho uma agenda tríplice positiva para as nossas relações: estabilidade geopolítica, reequilíbrio econômico e sustentabilidade ambiental.”
“Temos que continuar a lutar pela paz e pela estabilidade no mundo”, acrescentou, referindo-se ao conflito na Ucrânia. “A nossa capacidade de trabalhar em conjunto é decisiva.”