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Em semana de Copom, mercado mantém cenário de juros altos no Boletim Focus

Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide os rumos da taxa de juros, analistas e economistas do mercado mantiveram a expectativa de manutenção da Selic no maior patamar em quase 20 anos, até o fim do ano. Ou seja, alívio na política monetária só a partir do ano que vem.

Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 28, pelo BC mostra uma ligeira melhora nas expectativas do mercado para a inflação e o câmbio em 2025, enquanto mantém inalteradas as projeções para os juros básicos (Selic), o crescimento do PIB e outros indicadores-chave da economia brasileira.

Inflação e juros

A mediana das projeções para o IPCA, índice que mede a inflação oficial do Brasil, em 2025 caiu de 5,10% para 5,09%, sinalizando uma leve expectativa de desaceleração inflacionária. O mercado tem revisado lentamente para baixo as projeções de inflação há mais de dois meses. A projeção confirma a análise dos dados do IPCA-15 divulgada por VEJA com especialistas  Para 2026, a estimativa também recuou, de 4,45% para 4,44%. Já para 2027, segue estável em 4%.

Apesar da revisão no IPCA, a projeção da Selic para 2025 foi mantida em 15% ao ano, mesmo patamar das últimas quatro semanas. Para 2026, permanece em 12,5%, e em 2027, em 10,5%, refletindo a percepção de que os juros seguirão elevados no médio prazo para conter pressões inflacionárias.

Atividade econômica

O mercado manteve a estimativa de crescimento do PIB em 2025 em 2,23%. Para 2026, a projeção subiu levemente de 1,88% para 1,89%. A previsão para 2027 segue em 2,00%.

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Câmbio

A estimativa para o dólar em 2025 recuou de R$ 5,65 para R$ 5,60, refletindo uma leve melhora na percepção do mercado sobre o cenário externo e fiscal. Para 2026 e 2027, as projeções permanecem em R$ 5,70.

Contas públicas

Segundo o arcabouço, o governo se compromete com uma trajetória de resultado primário crescente ao longo dos anos, com meta de déficit zero em 2025 e superávits a partir de 2026, mas analistas do mercado mantiveram a projeção para o resultado primário em 2025  em déficit de 0,55% do PIB. Já em 2026, houve leve melhora, de -0,66% para -0,62%. Para 2027, o déficit esperado segue em -0,30%.

No resultado nominal, houve melhora na projeção para 2025, de -8,70% para -8,62% do PIB. Para 2026 e 2027, as expectativas permaneceram em -8,50% e -7,30%, respectivamente.

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A dívida líquida do setor público como proporção do PIB foi mantida em 65,80% para 2025 e em 70,20% para 2026. Para 2027, permanece em 74,00%.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do programa VEJA Mercado:

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