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Em meio a restrições da Europa, Rússia inaugura voos turísticos para Coreia do Norte

A Rússia e a Coreia do Norte deram mais um passo em direção ao estreitamento das suas relações ao inaugurar neste domingo, 27, uma rota de voos entre os dois países. A novidade possibilita um novo destino turístico aos russos, que estão proibidos de entrar em quase toda Europa devido à guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

“Pela primeira vez em mais de 70 anos de relações diplomáticas, estamos lançando voos diretos entre as capitais dos nossos países”, anunciou o vice-ministro dos transportes da Rússia, Vladimir Poteshkin no Telegram.

O primeiro avião, operado pela Nordwind Airlines, partiu de Moscou no domingo, enquanto o voo de retorno sairá de Pyongyang na terça-feira, 29. A companhia aérea disponibilizou passagens com preço de 45.000 rublos (cerca de R$ 3.139). A princípio, será ofertado apenas um voo por mês, informou o Ministério dos Transportes da Rússia.

A chegada dos russos acontece em meio à tentativa da Coreia do Norte de impulsionar o turismo. O país inaugurou recentemente um resort em Wonsan Kalma, definido pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, como um de seus “maiores feitos” do último ano. O projeto, que levou uma década para sair do papel, representa uma “realidade brilhante”, disse Kim, acrescentando que “desempenharia um papel fundamental no estabelecimento da cultura turística” da Coreia do Norte.

Segundo a a agência de notícias estatal KCNA, Kim “expressou a crença de que a onda de felicidade gerada na área turística costeira de Wonsan Kalma fortaleceria sua reputação como um resort turístico-cultural de nível mundial”. Por lá, os visitantes terão direito a serviços de alimentação e instalações esportivas e recreativas. Espera-se que mais de 20 mil turistas sejam atraídos ao resort por ano.

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+ Kim Jong-un diz que novo resort foi um dos ‘maiores feitos’ da Coreia do Norte no último ano

Parceria militar

A aproximação entre Moscou e Pyongyang vai muito além do turismo. No ano passado, Kim e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, firmaram um acordo de defesa mútua. Além disso, o presidente da Coreia do Norte enviou ao menos 15 mil soldados ao campo de batalha na região russa de Kursk, que foi alvo de uma incursão surpresa da Ucrânia em março.

No mês passado, imagens de Kim emocionado em frente a caixões de soldados que foram mortos na guerra na Ucrânia marcaram um evento que marcou o aniversário de um ano de um pacto militar. Exibidas em um grande telão, as fotos mostravam o presidente com as mãos em cima dos caixões, que estavam cobertos com bandeiras da Coreia do Norte.

Elas foram acompanhadas por legendas como “Oh, nossos heróis, estrelas brilhantes da minha pátria” e “Aqueles que deram suas vidas sem hesitação para defender a honra brilham como estrelas radiantes”. Outra imagem mostrou um suposto caderno de um dos soldados, que dizia: “O momento decisivo finalmente chegou” e “Vamos lutar bravamente esta batalha sagrada com o amor e a confiança ilimitados que nos foram concedidos por nosso amado Comandante Supremo”, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

No auditório do East Pyongyang Grand Theatre, convidados da Rússia e da Coreia do Norte choraram durante a homenagem. Kim estava acompanhado da sua filha Kim Ju Ae, considera a sucessora do regime, e da ministra da Cultura russa, Olga Lyubimova. Além do tributo, o evento contou apresentações de artistas de Moscou e de Pyongyang.

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