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Em evento, Michelle reforça plano de Bolsonaro para alcançar maioria no Congresso

Durante evento realizado neste sábado, 5, na cidade de Guarulhos (SP), a presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, defendeu o aumento da presença de representantes alinhados com as propostas do partido e da direita bolsonarista no Congresso Nacional, uma bandeira que tem sido levantada pelo marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, diante de sua inelegibilidade até as eleições de 2030.

Em meio a um discurso defendendo valores da família e ataques ao atual governo, Michelle convocou a população cristã a ocupar mais espaço na política e destacou a lembrança de uma conversa que teve com o marido para conclamar essa atuação mais ativa.

“Jair Messias Bolsonaro falava para mim em 2017: ‘A história da política só vai mudar quando o povo entender que até o botijão de gás passa pelo Congresso’.” Nós precisamos ocupar os espaços com representatividade, precisamos nos posicionar com representantes na igreja, no agro, nos conselhos tutelares”, disse Michelle. “Nós temos de mudar a mentalidade no nosso povo em relação à política.”

Esse discurso tem sido levantado por Bolsonaro e foi uma das máximas durante o ato realizado na Avenida Paulista no último domingo, 29 de junho. Na ocasião, o ex-presidente declarou que seria possível mudar o Brasil com 50% das cadeiras no Senado Federal e 50% na Câmara dos Deputados, de modo que não precisaria ser eleito presidente.

“Se me derem isso, não interessa onde esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente. Com essa maioria elegemos nosso presidente do Congresso Nacional. Maioria das comissões de peso no Senado e Câmara. Nas sabatinas decidimos quem prosseguirá.”

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Nessa lógica, pautas que são de interesse do clã Bolsonaro e seus aliados poderiam ser defendidas com a presença massiva de deputados e senadores alinhados com seus objetivos. No Senado, por exemplo, a abertura de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja interesse da maioria, é uma possibilidade.

Segundo a Constituição, a competência para processar e julgar ministros do STF por crimes de responsabilidade previstos na Lei nº 1.079/1950, mais conhecida como Lei do Impeachment, cabe aos senadores. Até o momento, pedidos dessa natureza nunca foram aprovados, mas um balanço com dados até o ano passado apontou a existência de 51 petições abertas contra ministros do STF.

Outro tópico de interesse é a anistia aos golpistas de 8 de janeiro. Há uma pressão em curso para a votação da proposta ainda neste semestre, inclusive, antes do recesso parlamentar em julho e o próprio líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL), declarou que o STF precisava ouvir a população. Assim, a fala de Michelle pode ser um convite ao clamor popular.

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O papel de Michelle Bolsonaro

Embora tenha destacado que sentia aversão a temas políticos até começar a acompanhar Jair Bolsonaro, Michelle tem se tornado uma peça importante no xadrez para retomar a presença da direta bolsonarista à frente da Presidência da República.

Com Bolsonaro inelegível, o nome da ex-primeira-dama já aparece em pesquisas que simulam um embate com Luiz Inácio Lula da Silva e a colocam em vantagem em um eventual segundo turno.

De acordo com o instituto Paraná Pesquisas, Michelle venceria o atual presidente com 44,4% dos votos contra 40,6% do petista. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

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Isso foi destacado por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL: “E, para nossa surpresa, depois do Bolsonaro, ela é a única que bate o Lula no segundo turno em todas as pesquisas que nós fizemos.”

Por enquanto, ela mantém o nome do marido, inelegível por duas condenações na Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico e ataques às urnas eletrônicas, como forte na disputa. “Com certeza, em 2026, ele vai voltar, porque essa mentira, todo esse projeto do mal contra a vida dele não vai prevalecer, tenho certeza disso. Não existe democracia sem candidatura de Jair Messias Bolsonaro em 2026”, declarou.

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