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Em discurso, Netanyahu diz que está ‘comprometido com paz’ e chama Trump de ‘maior amigo’

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu nesta segunda-feira, 13, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo plano que levou ao cessar-fogo em Gaza, poucos dias após o conflito completar dois anos. Em discurso no Knesset, o Parlamento de Israel, o premiê afirmou que o plano de 20 pontos dos EUA, aceito por ele e pelo Hamas na semana passada, cumpre as demandas israelenses e permite a paz na região.

“Uma proposta que traz todos os nossos reféns para casa, uma proposta que encerra a guerra alcançando todos os nossos objetivos, uma proposta que abre a guerra para uma expansão histórica da paz em nossa região e além dela”, disse Netanyahu a Trump. “Senhor Presidente, o senhor está comprometido com esta paz. Eu estou comprometido com esta paz e, juntos, Senhor Presidente, alcançaremos esta paz.”

A declaração ocorre após o Hamas libertar os últimos vinte reféns vivos que passaram mais de dois anos em cativeiro em Gaza, parte do plano de Trump. Netanyahu definiu o republicano como o “maior amigo” de Israel e afirmou que “nenhum presidente americano jamais fez tanto” pelo país. Sem citar nomes, ele também criticou governos que “sucumbiram às turbas antissemitas em seus próprios países” e “se voltaram contra Israel” ao aderir à “propaganda falsa do Hamas”.

“Pediram que nos rendêssemos às exigências do Hamas e que simplesmente deixássemos Gaza imediatamente”, continuou o primeiro-ministro israelense. “Eles disseram que acabariam com a guerra sem se comprometerem a desarmar o Hamas, sem se comprometerem com uma Gaza desmilitarizada.”

O premiê prometeu, ainda, “continuar marchando com você (Trump) no caminho que pavimentamos juntos com os Acordos de Abraão”, que normalizaram as relações entre Israel e países árabes, acrescentando: “Sob sua liderança, podemos firmar novos tratados de paz com países árabes na região e países muçulmanos fora da região.”

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Discurso de Trump

Ao entrar no Knesset, o líder republicano foi aplaudido de pé enquanto era recebido por uma sinfonia de trompetes. Na plateia, alguns usavam bonés vermelhos no mesmo estilo dos tradicionais modelos MAGA (Make America Great Again), com as palavras “TRUMP, O PRESIDENTE DA PAZ”. Antes do início do pronunciamento, a multidão gritava seu nome em uníssono: “Trump! Trump! Trump!”

Depois da fala de Netanyahu, ele engatou num discurso com referências bíblicas. Trump afirmou que, após o retorno dos reféns, nós “damos nossos mais profundos agradecimentos ao Deus Todo-Poderoso de Abraão, Isaque e Jacó”.

“Este não é apenas o fim de uma guerra. Este é o fim de uma era de terror e morte e o início de uma era de fé, esperança e Deus. É o início de uma grande concórdia e harmonia duradoura para Israel e todas as nações do que em breve será uma região verdadeiramente magnífica. Acredito nisso com muita convicção. Este é o alvorecer histórico de um novo Oriente Médio”, declarou.

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O ocupante da Casa Branca também não é conhecido por distribuir agradecimentos a aliados e parceiros, mas expressou gratidão “por todas as nações do mundo árabe e muçulmano que se uniram para pressionar o Hamas” a aceitar o acordo de cessar-fogo. Ele também fez uma breve homenagem a Netanyahu, chamando-o de seu “parceiro” e acrescentando: “Ele não é o cara mais fácil de lidar, mas é isso que o torna ótimo”.

Segundo ele, as armas que os Estados Unidos compartilharam com Israel durante a guerra “tornaram o país forte” e “foi isso que levou à paz”. O republicano argumentou ainda que, se as Forças Armadas americanas não tivessem realizado ataques contra o Irã para destruir as três principais instalações nucleares do país em junho deste ano, o acordo para a paz em Gaza não teria sido possível, uma vez que isso facilitou a pressão de Estados árabes sobre o Hamas, um proxy iraniano.

“Tiramos uma grande nuvem cinzenta que pairava sobre o Oriente Médio e Israel”, disse ele.

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