Designado relator do PL da Anistia, o deputado Paulinho da Força afirmou nesta quinta-feira que uma anistia ampla, geral e irrestrita, como desejavam os bolsonaristas, é impossível.
O parlamentar do Solidariedade foi formalizado no posto por Hugo Motta e já se reuniu com o presidente da Câmara na manhã de hoje.
Ele indicou que conversará com todos os partidos da Casa e que pretende construir um texto intermediário, que reflita o desejo majoritário dos deputados.
“[Anistia] Ampla, geral e irrestrita é impossível. Essa discussão acho que já foi superada ontem quando Hugo teve uma reunião de mais de três horas com o pessoal do PL. Acho que vamos ter que fazer uma coisa pelo meio, que talvez não agrade nem a extrema-direita, nem a extrema-esquerda, mas que agrade a maioria da Câmara. Ontem, foi deixado claro que a anistia geral é irrestrita não tinha possibilidade. Por isso, foi pego um projeto do [Marcelo] Crivella, que era mais ou menos o meio termo, não está o texto do Sóstenes [Cavalcante]. E isso foi concordado com eles”, explicou Paulinho após deixar a residência oficial da presidência da Câmara.
“Até não tinha concordância de outro lado, tanto que o PT e outros partidos de esquerda que votaram contra a urgência da anistia. Cabe a mim, tentar fazer esse meio de campo. Conversar com todo mundo para chegar a um texto que agrade a todos”, acrescentou.
Em meio aos rumores de que o Centrão entregou votos a favor da urgência, mas patrocinará um texto que aborde exclusivamente a redução de penas, mas não perdoe nenhum dos condenados pelos atos golpistas, Paulinho deu outro recado marco ao clã bolsonarista. “Não estamos falando mais de anistia”.