Promovido pelo governo de São Paulo, o processo de desocupação da favela do Moinho, única restante na região central da capital, para a construção de um parque, completou seis meses na última quarta-feira. Das cerca de 820 famílias que habitavam a região, 639 já deixaram a comunidade. Destas, apenas 100 foram reassentadas.
Segundo o governo, no entanto, outras 672 também já estão com a unidade de destino selecionada, seja por meio de Carta de Crédito Associativa em empreendimentos prospectados pela gestão estadual com a iniciativa privada ou Carta de Crédito Individual em imóveis escolhidos diretamente pelas famílias, dentro de critérios estabelecidos pelo poder público.
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) também informou que os imóveis de destino dessas famílias têm valor máximo de 250.000 reais e são gratuitos para famílias com renda mensal de até 4.700 reais. Famílias acima dessa faixa de renda têm o financiamento garantido pela CDHU, conforme regras da política habitacional do Estado.
Para aqueles que optam por moradias ainda em construção, há um caução inicial de 2.400 reais e auxílio-moradia de 1.200 por mês.
O governo disse que já prepara o terreno da região para mais intervenções. Já foram demolidas 146 moradias e 458 casas foram descaracterizadas. Além disso, foram retirados 159 caminhões de entulho do local.