Em dezembro de 2024, Claudia Leitte mudou a letra de uma música e trocou a palavra “Yemanjá” por “Yeshua” – nome que se refere a Jesus, em hebraico. A atitude foi repreendida pelo público e o Ministério Público da Bahia, que abriu um inquérito de racismo religioso contra a cantora. Em resposta à atitude da justiça baiana, o vereador Cezar Leite (PL) criou um projeto de lei de combate à cristofobia em fevereiro de 2025. A Câmara Municipal de Salvador aprovou a norma nesta quarta-feira, 24.
O político defende que sejam implementadas campanhas educativas que promovam a conscientização e respeito à fé cristã. Em relação ao Carnaval, será proIbida qualquer fantasia que brinque com a imagem de Jesus Cristo ou questões relacionadas ao cristianismo. A ideia é ainda criar um canal de denúncia para casos de descriminação. Quem for julgado cometendo atos cristofóbicos terá que pagar multa. “E artistas que fizerem isso não serão contratados em eventos promovidos pela prefeitura, pois defendemos a fé cristã”, diz o criador da lei. O texto deve ser assinado e aprovado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), em outubro.
Na época, Claudia assim se pronunciou sobre o assunto. “Daqui do meu lugar de privilégio, o racismo é uma pauta que deve ser discutida com a devida seriedade, e não de forma superficial. Prezo muito pelo respeito, pela solidariedade e pela integridade. Não podemos negociar esses valores de jeito nenhum, nem os jogar ao tribunal da internet. É isso”, disse.