O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a proposta de acordo por um texto que diminua as penas dos condenados por atos contra a democracia o que classificou como “indecoroso e infame”.
A postagem nas redes sociais foi direcionada ao relator do projeto Paulinho da Força (Solidariedade-SP). “Um conselho de amigo. Muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. Pois, assim como está expresso na lei, todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”, afirmou o parlamentar, que está nos Estados Unidos.
. @dep_paulinho da Força, vou retribuir o conselho que me deu, sobre colocar a mão na consciência. Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame… pic.twitter.com/B5ybbkQIF4
— Eduardo Bolsonaro
(@BolsonaroSP) September 19, 2025
A publicação de Eduardo Bolsonaro ocorre depois de um acordo pela pacificação do Brasil ter sido costurado pelo ex-presidente da República Michel Temer (MDB) e que poderia ter o aval do governo Lula, do presidente da Câmara, Hugo Motta, e de ministros do STF. A articulação prevê um projeto que diminua as penas impostas aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que inclui Jair Bolsonaro e seus aliados de primeiro escalão. Assim, a proposta com anistia “geral, ampla e irrestrita”, como exigem bolsonaristas, seria desconsiderada. “A anistia ampla, geral e irrestrita não está sob negociação”, disse o deputado Eduardo Bolsonaro, que ainda classificou a articulação de uma tentativa de imposição “na marra”.
Penas aos que atentaram às sedes dos Três Poderes, em Brasília, chegaram a dezessete anos de prisão no regime fechado. Já para Jair Bolsonaro, que foi classificado como chefe da organização criminosa, a punição foi de 27 anos e três meses.