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Economistas identificam incoerência da Câmara na derrubada do IOF

A tensão entre o governo Lula e o Congresso Nacional tem escalado e chegado a níveis cada vez mais altos nos últimos meses. O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) colocou na pauta da casa a votação da derrubada do aumento promovido pelo ministro Fernando Haddad nas alíquotas do IOF. Depois da urgência do PDL aprovada há duas semanas, esta é a última etapa para a anulação completa da medida provisória do governo. O movimento aconteceu depois de o governo sinalizar que enviaria outra MP para anular os vetos do Congresso a Lei das Eólicas Offshores. Economistas entendem que há uma contradição entre deputados e senadores ao realizarem a defesa de cortes de gastos.

“É um discurso totalmente incoerente. Toda a carga e a culpa da instabilidade fiscal do Brasil fica nas costas do Executivo, mas a solução do problema passa também pelo Legislativo e pelo Judiciário. É natural que a população cobre uma solução do governo, mas hoje não há uma contrapartida por parte do Congresso Nacional em relação à diminuição dos gastos”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. “Os parlamentares chiaram muito o aumento do IOF e ameaçam derrubá-lo, mas eles não abriram mão de emendas parlamentares para manter o resultado do orçamento no ano. Os parlamentares jogam a culpa do desiquilíbrio fiscal no governo, que de fato tem grande parcela de culpa, mas não ajudam no combate ao déficit. O que vemos é o Legislativo legislando em causa própria”

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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