O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), disse nesta sexta-feira, 18, que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de colocar tornozeleira no ex-presidente Jair Bolsonaro é “uma vitória do Estado de Direito”. O petista foi autor da representação, em 23 de junho, que levou à abertura do inquérito 4.995, que deu origem à investigação contra Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por conta da articulação nos Estados Unidos para impor sanções ao Brasil.
O deputado lembrou que ele também provocou o STF por conta do financiamento via doações por Pix para financiar a estadia de Eduardo Bolsonaro nos EUA, a fuga da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que havia sido condenada à prisão pelo Supremo, e o gesto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de pedir aos ministros da Corte que liberassem o passaporte a Jair Bolsonaro para ele ir aos EUA negociar com o presidente americano, Donald Trump, a suspensão da tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros.
“Com base nesses elementos, o ministro Alexandre de Moraes ampliou o escopo do inquérito para incluir Jair Bolsonaro e determinou as medidas cautelares. É uma vitória do Estado de Direito contra o golpismo transnacional”, diz Lindbergh. O deputado foi ouvido pela PF no dia 2 de julho sobre o caso. “Levei farto material mostrando que Eduardo Bolsonaro praticava ações de obstrução de justiça e de ataques as instituições brasileiras, tudo financiado por Jair Bolsonaro que admitiu ter transferido 2 milhões de reais para sustentar as ações do filho nos EUA. Foi aí que pedi a inclusão de Jair Bolsonaro nesse inquérito”, disse.
Ele lembrou, ainda, que foi o responsável por pedir a adoção de medias contra Bolsonaro. “Pedimos medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica em duas ocasiões. A decisão do Ministro Alexandre de Moraes foi correta. Existia o risco real de fuga de Jair Bolsonaro!”, postou no X.