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“É preciso diálogo, não retaliação”, diz Firjan sobre tarifaço que pode gerar perda de R$ 830 mi ao RJ

O aumento de tarifas anunciado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pode gerar um prejuízo estimado de R$ 830 milhões ao Estado do Rio de Janeiro, segundo cálculo apresentado na última terça-feira, 22, pelo governo estadual. O impacto corresponde a 0,7% do Produto Interno Bruto fluminense e foi discutido na primeira reunião do grupo de trabalho criado pelo governador Cláudio Castro (PL) para avaliar os efeitos da medida.

A iniciativa do governo Trump impõe uma alíquota de 50% sobre produtos como aço, ferro, alumínio e energia limpa, setores em que o Rio tem forte presença industrial. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os mais afetados serão óleo bruto, siderúrgicos e máquinas e equipamentos.

A VEJA, o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, afirmou que o setor produtivo fluminense encara as novas tarifas com “grande preocupação”, sobretudo pela forma como foram anunciadas e pela celeridade da implementação, prevista para 1º de agosto. “Ainda não é possível avaliar se poderíamos redirecionar parte dos produtos para outros mercados, como no caso do petróleo, que é uma commodity. Mas isso não seria viável com produtos feitos sob medida para os EUA”, afirmou.

Caetano defende que o caminho mais sensato é o da negociação, e não da retaliação comercial. “Uma medida de retaliação pelo lado brasileiro não é a opção mais viável. Defendemos o diálogo e um prazo maior para seguir conversando. O ideal é que ambos os lados estejam sentados à mesa buscando uma solução satisfatória para todos”, disse o dirigente.

Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico apontam que os municípios mais impactados pelo tarifaço serão Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João da Barra e Volta Redonda, todos com forte vocação exportadora. Pequenas e médias empresas, segundo o governo, devem ser as mais vulneráveis ao impacto imediato da medida, com potencial reflexo no emprego e na cadeia de fornecedores.

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