Duas pessoas estão desaparecidas na Espanha após fortes tempestades provocarem enchentes na região da Catalunha, no nordeste do país, no sábado, 12 de julho. Neste domingo, 13, os serviços de emergência continuam as buscas pelas vítimas que sumiram em Cubelles, localizada a cerca de 50 quilômetros ao sul de Barcelona, após o transbordamento do rio Foix. As chuvas também causaram inundações e destruição em cidades como Suria, Igualada e Vilafranca del Penedès, onde o hospital local está temporariamente evacuado e fechado.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, emitiu um comunicado em que pedia “muita cautela” e para que a população evite viagens desnecessárias às regiões afetadas, já que dez locais ao norte e ao leste da Catalunha também estavam em alerta máximo no sábado. “Estamos monitorando de perto a situação em várias comunidades com alertas de fortes chuvas e tempestades”, escreveu o político no X (antigo Twitter). Tropas da Unidade Militar de Emergência (UME) estão prestando auxílio em alguns municípios.
O transporte rodoviário administrado pela Renfe, empresa ferroviária espanhola, suspendeu os serviços na Catalunha, e estradas em Barcelona foram bloqueadas. Um hospital de Barcelona, inclusive, precisou ser evacuado após ser inundado.
Histórico de enchentes na Espanha
As enchentes que devastaram a Espanha em 2024 foram classificadas como as piores do século e tiveram início no final de outubro, quando chuvas torrenciais, equivalentes a todo o volume de precipitação anual, caíram em apenas oito horas no sudeste do país. O desastre resultou na morte de cerca de 220 pessoas, sendo a grande maioria na região de Valência.
As enchentes também causaram danos severos à infraestrutura do país. A rede elétrica sofreu interrupções generalizadas devido à destruição de postes e cabos, enquanto os serviços de distribuição de gás natural foram suspensos por motivos de segurança, para evitar explosões ou vazamentos perigosos.
Além das perdas humanas e do impacto social, os prejuízos financeiros foram estimados como os mais altos da história do país, ultrapassando os danos das inundações de 1983.