Na noite de domingo, 24, marcado pelas celebrações do 34º aniversário de independência da Ucrânia, a Rússia acusou seu vizinho de lançar uma série de ataques com drones contra seu território. Segundo autoridades russas, as investidas atingiram instalações energéticas, incluindo uma usina nuclear na região de Kursk, onde um transformador foi danificado, provocando um incêndio que foi rapidamente controlado. A administração da usina afirmou não haver feridos ou vazamento de radiação, mas o ocorrido acendeu um alerta internacional sobre a segurança de infraestruturas nucleares em zonas de conflito.
Outro ataque foi reportado no porto de Ust-Luga, importante terminal de exportação de combustível, onde restos de drones abatidos teriam iniciado um incêndio. O Ministério da Defesa russo afirmou que foram interceptados 95 drones ucranianos, enquanto a Ucrânia, por sua vez, reportou ter neutralizado 48 dos 72 drones lançados pela Rússia em seu território.
Em meio às tensões, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, discursou em Kiev reafirmando a resiliência e a determinação do país em construir um futuro seguro e soberano. Seu discurso, que enfatizou a busca por uma “paz justa”, foi acompanhado por demonstrações de apoio internacional, incluindo a visita do primeiro-ministro canadense e o anúncio de um novo pacote de assistência militar da Noruega, no valor de US$ 695 milhões, para sistemas de defesa aérea.
O Papa Leão XIV somou-se às vozes que pediam paz, dirigindo uma oração especial pela Ucrânia e enviando uma mensagem de solidariedade a Zelenskyy. Enquanto líderes internacionais apelavam pelo diálogo, os combates persistiam no front oriental, onde a Rússia reivindicou avanços territoriais na região ucraniana de Donetsk.
