Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e um dos acusados de mandar matar a vereadora Marielle Franco, será interrogado nesta quarta-feira, 16, em um processo por corrupção e lavagem de dinheiro. A oitiva ocorre no âmbito da Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Lava Jato que apurou o pagamento de propina dentro do tribunal.
Preso desde março, Brazão prestará depoimento por videoconferência, já que está detido em um presídio federal fora do estado. A ordem para os interrogatórios partiu da ministra Isabel Gallotti, relatora da ação penal no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e será executada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no Rio. A informação foi revelada em primeira mão pelos jornalistas Marcelo Gomes e Octavio Guedes, da Globo News, e confirmada por VEJA.
Além de Brazão, também são réus os ex-conselheiros Aloysio Neves, José Gomes Graciosa, José Maurício Nolasco e Marco Antônio Alencar. Segundo a Procuradoria-Geral da República, os cinco receberam propina para aprovar contratos públicos superfaturados e liberar pagamentos do fundo especial do TCE a empresas que forneciam alimentação para o sistema prisional fluminense. A denúncia exige a devolução de 44,7 milhões de reais aos cofres públicos.
