O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em desvalorização de 0,61% nesta sexta-feira, 12, recuando para os 142,2 mil pontos. A bolsa de valores passa por um movimento de realização de lucros após atingir sua máxima histórica de 143,1 mil pontos no último pregão.
O dólar, por sua vez, teve baixa de cerca de 0,60% e ficou cotado a 5,35 reais. Trata-se do menor valor desde junho de 2024. Para Cristiane Quartaroli, economista chefe do Ouribank, a semana foi marcada por uma apreciação ao real. “Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil, o que favorece o real”, afirma.
Panorama da bolsa de valores
Hoje, os negócios tiveram poucos catalisadores devido a um noticiário fraco no cenário doméstico e internacional. A bolsa brasileira recua em movimento de correção após o recorde intradiário atingido nesta quinta-feira, 11. A alta foi impulsionada pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, passe a cortar os juros nos EUA a partir da semana que vem.
Dados como a inflação ao consumidor, que avançou 0,4% em agosto, e o esfriamento do mercado de trabalho do país fazem com que a expectativa seja praticamente um consenso entre analistas. Nesta manhã, a pesquisa de consumidores da Universidade de Michigan também ajudou a solidificar o posicionamento, já que apontou para uma queda na confiança do consumidor dos EUA pelo segundo mês consecutivo em setembro.
No Brasil, o mercado monitora os desdobramentos da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por crimes contra a democracia. O receio é de que haja novas escaladas no conflito comercial entre Estados Unidos e Brasil, como retaliações norte-americanas ou até novas sanções econômicas.
No mercado de ações, os principais bancos brasileiros acompanharam a queda do Ibovespa. Os papéis do Itaú (ITUB4) desvalorizaram 1,58%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram baixa de 0,75% (BBDC3) e de 1,17% (BBDC4). O Santander (SANB11) recuou 1,07% e o Banco do Brasil (BBAS3) operou em direção contrária e teve valorização de 0,54%.
