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Dólar cai a R$ 5,27 e bolsa tem novo recorde com Trump e Lula na ONU

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em valorização de 0,91% nesta terça-feira, 23, avançando para os 146,4 mil pontos — uma nova máxima histórica. O último recorde da bolsa de valores tinha sido atingido na última sexta-feira, 19, quando ultrapassou os 145,8 mil pontos. O dólar, por sua vez, teve desvalorização de mais de 1% e ficou cotado a 5,27 reais. Trata-se do menor valor da moeda americana ante ao real desde junho de 2024.

José Áureo Viana, sócio da Blue3 Investimentos, explica que a queda do dólar hoje é uma extensão de movimentos que já vinham se desenhando desde a semana passada. “No câmbio, o real ganhou força com o aumento do diferencial de juros”, afirma. “E enquanto o Copom reafirma Selic em 15% por longo período, cresce a expectativa de cortes de juros nos EUA após dados mais fracos no mercado de trabalho americano.”

Trump e Lula na Assembleia Geral da ONU

Os principais fatores que movimentaram o mercado hoje foram as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Segundo Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, o que impactou os negócios foi a sinalização de Trump sobre um encontro entre ele e Lula, marcado para a próxima semana.

Em parte improvisada de seu discurso, o republicano disse: “Não tivemos muito tempo para falar. Algo como 20 segundos. Mas conversamos e concordamos em nos encontrar”. Trump também destacou que os dois tiveram uma “química excelente”. Moliterno aponta que os mercados “viram a fala com muito bons olhos, o que impactou positivamente e fez a bolsa atingir um novo recorde histórico.”

No mercado de ações, os principais bancos do país acompanham a alta do principal índice da B3. Os papéis do Itaú (ITUB4) valorizaram 1,80%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram alta de 1,32% (BBDC3) e de 1,13% (BBDC4). O Santander (SANB11) avançou 1,21% e o Banco do Brasil (BBAS3) teve forte valorização de 2,88%. A Petrobras (PETR4), uma das companhias mais importantes para os negócios, também se destaca com forte avanço: 2,41%.

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Ata do Copom: sem grandes surpresas

Os investidores também analisam a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta manhã. O documento é referente à última reunião do Comitê, quando foi decidido que a taxa básica de juros, a Selic, seria mantida em 15% ao ano. Por meio dele foi alertado que a autoridade monetária pode retomar o ciclo de alta no juros, a Selic, caso as projeções de inflação sigam acima da meta de 3%. “A ata não trouxe surpresas, mas o tom duro afastou expectativas de cortes no curto prazo”, afirma José Áureo Viana.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise no programa Mercado: 

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