Nesta terça-feira, 17, o dólar encerrou em alta de 0,23%, cotado a 5,49 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou queda de 0,30% no fim do pregão, aos 138.840 pontos. Hoje, os negócios se movimentaram de olho nos desdobramentos da guerra entre Israel e Irã e nas expectativas para a Superquarta, quando Estados Unidos e Brasil anunciam novas decisões sobre suas políticas monetárias.
No exterior, o mercado acompanha o quinto dia de escalada no conflito entre Israel e Irã. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu mais cedo da reunião do G7, que aconteceu na noite anterior no Canadá, “por causa do que está acontecendo no Oriente Médio”. O republicano vinha negociando um acordo nuclear com o Teerã, que poderia liberar mais petróleo no mundo e abaixar o preço do combustível. No entanto, as negociações foram encerradas após o ataque do Irã às bases militares de Israel e Trump afirmou em seu perfil na rede Truth Social que “todos deveriam sair de Teerã imediatamente”.
Em resposta, os contratos futuros do petróleo Brent operavam em alta de 4,62% por volta das 17h30, com preço de aproximadamente 76 reais por barril. A cotação encontra-se bem acima do patamar recente da commodity, que era de ao redor de 65 dólares.
No cenário doméstico, as atenções se voltam à Câmara dos Deputados, que aprovou o requerimento de urgência para analisar o projeto que visa derrubar o decreto do governo federal que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A crise de articulação entre o Planalto e o Congresso reacende dúvidas sobre a capacidade do governo de avançar com as medidas de consolidação fiscal, que visam cumprir a meta estabelecida para o ano.
Agora, os investidores aguardam com atenção a Superquarta amanhã, quando o Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e o Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, se reúnem internamente para decidir as novas trajetórias do juros nos dois países. As expectativas de analistas apontam para a manutenção da taxa básica entre 4,25% e 4,50% nos EUA e a manutenção da Selic em 14,75% ou um aumento de 0,25 ponto percentual no Brasil.