Após duas tentativas de contato pela Corregedoria, apenas dois dos 14 denunciados por terem participado da ocupação do plenário da Câmara na semana passada ainda não foram encontrados pela equipe do corregedor Diego Coronel. O parlamentar do PSD é o responsável por elaborar pareceres sobre cada um dos envolvidos no motim e encaminha-los para que a Mesa Diretora da Casa decida se iniciará um processo no Conselho de Ética que pode levar à suspensão dos mandatos desses deputados.
Os deputados Júlia Zanatta e Paulo Bilynskyj não foram notificados e, portanto, o prazo de seus processos ainda não começou a correr. Caso não sejam localizados em uma terceira tentativa, a denúncia será formalizada no Diário Oficial da Câmara e a tramitação começará.
Localizados pelo time do corregedor, os outros 12 denunciados receberam as notificações e terão até a próxima quinta-feira para apresentarem suas defesas. Depois disso, passa a contar o prazo de até 45 dias para que Coronel envie um parecer sobre cada um dos casos para a direção da Casa.
Os 14 nomes foram denunciados à Mesa Diretora por terem participado do motim dos bolsonaristas em protesto contra a prisão domicilia de Jair Bolsonaro na semana passada. A ação inviabilizou os trabalhos da Casa nos dois primeiros dias com sessões previstas após o recesso parlamentar.
O comando da Câmara até poderia enviar os processos diretamente para o Conselho de Ética, mas, dada a quantidade de representados, optou pela tramitação mais lenta e recorreu ao corregedor.
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Segundo apurou o Radar, o caso de Júlia Zanatta é considerado o mais crítico por auxiliares de Coronel, já que ela estaria alegando que não receberá a notificação por estar em licença-maternidade. A deputada do PL entrou com a filha enquanto o plenário estava ocupada pelos bolsonaristas e permaneceu ali por algum tempo.
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