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Documento com prisões no STF era ‘esboço’ para o Exército, diz militar

Réu no núcleo 3 da ação da trama golpista, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima afirmou que produziu o documento que previa a prisão de “juízes supremos considerados geradores de instabilidade” e a neutralização da “capacidade de atuação” do ministro Alexandre de Moraes na área de inteligência do Comando Militar do Sul do Exército, em novembro de 2022, como um “estudo de cenário prospectivo”.

Interrogado nesta segunda-feira, Ferreira Lima disse que o arquivo “Desenho Op Luneta.xlsx”, encontrado pela Polícia Federal (PF) em um de seus pen drives funcionais, na função de oficial de inteligência, era “só uma ferramenta” e, quando o documento foi apresentado ao seu então comandante, o general Fernando Soares, foi “abandonado”.

“Um desenho operacional desse daí, ainda mais esse prospectivo de dois níveis para cima, eu não tenho capacidade de implementá-lo”, afirmou o tenente-coronel, que é um “kid preto” – nome dado aos militares formados no curso de Forças Especiais do Exército. “É um cenário totalmente hipotético. Não tem nada de ilegal”, insistiu.

Questionado sobre o arquivo pelo juiz auxiliar Rafael Henrique, do gabinete do ministro-relator Alexandre de Moraes, e pela Procuradoria-Geral da República, Ferreira Lima disse que era inerente à sua função estudar possíveis desdobramentos futuros, e que as linhas de ação “esboçadas” no “Desenho Op Luneta” com prisão de ministros do STF diziam respeito à hipótese de as Forças Armadas encontrarem provas de fraude nas eleições de 2022.

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