A dívida pública federal (DPF) aumentou 212,2 bilhões de reais em junho e atingiu a marca de 7,883 trilhões de reais. A alta é de 2,77% em relação a maio e os dados constam no Relatório Mensal da Dívida, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira, 28. O aumento vem do crescimento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi).
Em relação à composição da dívida, houve aumento da participação da DPMFi, passando de 95,97%, em maio, para 96,17%, em junho. Já a participação da DPFe foi reduzida de 4,03% para 3,83%.
A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) aumentou 2,99%, passando de 7,361 trilhões de reais para 7,581 trilhões de reais devido à emissão líquida, no valor de 154,62 bilhões de reais, e à apropriação positiva de juros, no valor de 65,13 bilhões de reais.
A dívida pública federal externa (DPFe) recuou 2,28% sobre o estoque apurado em maio, encerrando o mês de junho em 302,12 bilhões de reais (55,36 bilhões de dólares), sendo 250,84 bilhões de reais (45,97 bilhões de dólares) referentes à dívida mobiliária e 51,28 bilhões de reais (9,40 bilhões de dólares) relativos à dívida contratual.
Nos últimos 12 meses, o custo médio acumulado DPF, ou seja, a taxa de juros que o governo paga por ela apresentou redução, passando de 11,73% a.a., em maio, para 11,41% a.a., em junho.
Emissões
No mês de junho, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a 177,09 bilhões de reais, enquanto os resgates alcançaram 17,91 bilhões de reais, resultando em emissão líquida de 159,19 bilhões de reais, sendo 154,62 bilhões de reais referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna e 4,57 bilhões de reais, à emissão líquida da Dívida Pública Federal externa.
As emissões do Tesouro Direto em junho atingiram R$ 5,766 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 2,922 bilhões, o que resultou em emissão líquida de 2,844 bilhões de reais. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 55,88% do montante vendido.
A reserva de liquidez da dívida pública cresceu. O chamado colchão da dívida – que compreende as disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos – apresentou aumento, em termos nominais, de 19,64%, passando de 861,30 bilhões de reais, em maio, para 1,03 trilhão de reais. Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve redução, em termos nominais, de 6,72%.