Depois de uma semana de intensas negociações técnicas, que nos últimos três dias vararam madrugadas, a COP30 entra em nova fase a partir de segunda-feira, 17. As conversas neste sábado, 15, marcam a transição oficial para a fase decisiva do evento: a semana das decisões políticas.
Na prática, isso significa que, a partir de agora, os textos negociados, parâmetros técnicos e propostas elaboradas por especialistas e diplomatas serão entregues aos ministros e autoridades políticas de alto escalão dos 194 países presentes, que passam a conduzir diretamente as negociações para acordos e compromissos finais.
Durante a primeira semana da COP30, os chamados “órgãos subsidiários” (SBSTA e SBI) esmiuçaram temas como parâmetros de adaptação climática, condições especiais de transição climática em países africanos, saúde e clima, mudanças climáticas em áreas de montanhas e implementação do Balanço Global (GST) em áreas de florestas, integração entre as convenções sobre clima, biodiversidade e desertificação, entre muitos outros. O resultado são centenas de documentos que serão transferidos em sessão plenária para as trilhas políticas da conferência, abrindo espaço para o enfrentamento dos impasses políticos.
A entrada dos ministros e chefes de delegação imprime outro ritmo às negociações. Os líderes são pressionados a apresentar resultados críveis e de impacto global. Essa virada de fase é tradicional nas COPs. As negociações que se seguem tendem a ser mais intensas, com consultas diretas das delegações aos chefes de Estado, por exemplo.