A taxa de desemprego nos Estados Unidos apresentou leve alta de 0,1 ponto percentual de junho para julho, e encerrou o mês passado em 4,2%. O percentual também é o mesmo que o registrado em igual mês de 2024. Com isso, 7,2 milhões de americanos com idades a partir de 16 anos estavam desempregados em julho. Já o contingente de pessoal ocupado foi de 163,1 milhões.
Apesar da relativa estabilidade geral, a desocupação de alguns grupos apresentou uma alta acima da média. No recorte por faixa etária, os jovens de 16 a 19 anos foram os mais impactados com um acréscimo de 0,8 ponto percentual na taxa de desemprego, que passou de 14,4% para 15,2% de junho a julho. Uma possível explicação é que, nesta idade, a maioria dos jovens busca o seu primeiro emprego, e eles chegaram em peso ao mercado de trabalho no mês passado. O contingente de indivíduos que procurava uma vaga pela primeira vez na vida somou 985 000 americanos, marcando uma alta de 39% sobre junho.
Na análise por grupo étnico, negros e afroamericanos enfrentaram um nível de desocupação 0,4 ponto percentual maior no mês passado, chegando a 7,2%.
Um dado que chama a atenção é a demora para encontrar uma vaga. Em julho, 41% dos desempregados, ou quase 3 milhões de indivíduos, procuravam emprego há mais de 15 semanas, ante um total de 2,7 milhões no mês retrasado. Apesar disso, o número de desalentados, isto é, pessoas que deixaram de buscar uma recolocação por acreditar que não encontrarão, recuou 33% e encerrou o mês em 425 000.
Os dados de desemprego divulgados nesta sexta-feira, 1, reforçam a resiliência do mercado de trabalho americano, frente aos impactos do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump às importações de praticamente todos os países. Na quarta-feira, 30, o ADP Report mostrou que o setor privado dos Estados Unidos gerou 104 000 vagas em julho, um resultado bem acima das expectativas dos analistas, que projetavam algo entre 63 000 e 75 000 postos.