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Desaparecimento por dívida no PR completa 1 mês com novas pistas

Completa um mês nesta sexta-feira, 5, que seis homens desapareceram misteriosamente da cidade de Icaraíma, no interior do Paraná, por causa da cobrança de uma dívida de R$ 255 mil. A polícia segue investigando e afirma que tem novos indícios sobre o paradeiro deles, mas ainda não divulga à imprensa o que exatamente descobriu para não atrapalhar a apuração.

“As investigações avançaram e houve coleta de novos indícios. Não há atualizações [para a imprensa] em relação à possibilidade de divulgação (…) A investigação está sob sigilo. Assim, não podemos divulgar os resultados das diligências”, disse o delegado Gabriel Menezes, um dos responsáveis pela apuração do caso, na quinta-feira, 4.

Até o momento, a polícia já informou que sua principal hipótese é de que os dois devedores tenham matado os três cobradores da dívida e o homem a quem eles deviam. A hipótese é sustentada pelo fato de que nenhum contato ou pedido de resgate foi feito. “Todos os fatores apontam para a prática de homicídio. Por isso, está sendo tratado assim, mas não podemos descartar nenhuma hipótese por cautela, até que se encontrem corpos ou haja uma confissão”, disse o delegado.

Os agentes procuraram pelas vítimas e pelos suspeitos em terra, por rios e até mesmo em bunkers que existem na região, sem sucesso. O carro dos cobradores também foi apreendido e passou por perícia — o resultado ainda não foi divulgado.

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Em nota, a polícia afirma que dá continuidade às investigações, com oitivas, busca por imagens de câmeras de segurança, checagem de informações que chegam de forma anônima, além de medidas cautelares junto ao Poder Judiciário para obtenção de dados de interesse das investigações. No entanto, o teor das ações e seus resultados seguem em segredo para a divulgação não atrapalhar as ações das autoridades.

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Relembre o caso

 

Três amigos desapareceram após viajarem de São Paulo ao Paraná para cobrar uma dívida de 255 mil reais. Eles foram contratados por um homem — que também está desaparecido — para fazer a cobrança do débito, relativo a uma transação envolvendo um imóvel rural. A polícia trabalha com a hipótese de que os devedores tenham matado os quatro.

Diego Henrique Afonso, Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi trabalhavam irregularmente há pelo menos treze anos fazendo cobranças de dívidas de modo agressivo e persuasivo, segundo a polícia. Eles foram contratados por um morador de Icaraíma, no noroeste do Paraná, identificado como Alencar Gonçalves de Souza para que cobrassem o valor de um terreno rural da cidade que ele vendeu à família Buscariollo, moradora da região.

Os três amigos, então, saíram de São José do Rio Preto, em São Paulo, e chegaram a Icaraíma no dia 4 de julho, quando já entraram em contato com os devedores. Sem resultado, eles voltaram no dia seguinte para continuar a cobrança, mas, desde então, perderam contato com os familiares — momento em que o desaparecimento deles foi informado à polícia.

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“Os familiares deles contribuíram [com as investigações], mas não conseguem passar informações precisas sobre o negócio porque nenhum dos cobradores esclarecia exatamente a suas esposas qual era o exato objeto da cobrança. Eles falaram para elas de forma genérica que estavam vindo para o Paraná para cobrar uma dívida que tinha relação com um imóvel, mas não passaram para elas as minúcias do negócio que poderiam ajudar nas investigações”, explicou o delegado Gabriel Menezes.

Enquanto viajavam para o Paraná, os três homens fizeram uma foto no carro (imagem acima) e publicaram nas redes sociais.

Do outro lado, os familiares do contratante, Alencar de Souza, também informaram o desaparecimento dele desde o meio-dia do dia 4. As últimas pessoas que teriam tido contato com ele teriam sido Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho respectivamente, quando ele teria cobrado pessoalmente o valor que eles deviam.

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Ambos foram ouvidos pela polícia assim que os desaparecimentos foram notificados e disseram não ter qualquer relação com a compra do terreno. Eles teriam indicado outras duas pessoas da família como devedores do caso, mas a polícia não conseguiu confirmar essa versão até o momento, já que não conseguiu encontrar essas pessoas.

Pai e filho foram liberados, mas, em seguida, as autoridades abriram mandados de prisão preventiva contra eles — quando os policiais foram até a casa deles, no entanto, não encontraram mais nenhuma pessoa da família. Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo são considerados foragidos.

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