Alvo de buscas da Polícia Federal nesta terça-feira, o deputado federal Antônio Doido é apontado na decisão do ministro Flávio Dino, do STF, como líder do grupo investigado por fraudes em contratos públicos no Pará.
O parlamentar é citado como articulador da organização criminosa que utiliza diversas empresas para operacionalizar as movimentações financeiras do grupo. No período investigado, a PF identificou pelo menos 48 milhões de reais sacados na boca do caixa por integrantes do esquema.
O dinheiro, obtido em licitações milionárias por uma empresa que estava no nome da mulher do deputado, teria diferentes finalidades, segundo a PF, como compra de votos nas eleições municipais e até pagamento de propina para obter vantagens em licitações no Governo do Pará.
“A partir dos dados identificados, e consoante já exposto de forma tangencial acima, o grupo investigado, sob o comando do deputado federal Antônio Doido, utiliza diversas empresas para operacionalizar as movimentações financeiras objeto da investigação”, diz a decisão de Dino.
A PF identificou outros integrantes do esquema que atuariam como laranjas do deputado federal em negociações de contratos e também o envolvimento de um grupo de policiais que atuaria na organização dos saques milionários de dinheiro na boca do caixa.
