counter Departamento de Justiça dos EUA defende divulgação de transcrições do júri sobre Epstein e Maxwell – Forsething

Departamento de Justiça dos EUA defende divulgação de transcrições do júri sobre Epstein e Maxwell

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) pediu à Justiça que libere as transcrições das sessões do júri que culminaram nas denúncias de tráfico sexual contra Jeffrey Epstein e sua colaboradora, a socialite britânica Ghislaine Maxwell.

Segundo a própria pasta, os documentos incluem o depoimento de apenas dois integrantes das forças de segurança.

O apelo foi feito em uma petição protocolada na noite de terça-feira (29) na Corte Federal de Nova York. Nela, o governo Trump, atualmente em seu segundo mandato, pressiona os juízes Richard Berman e Paul Engelmayer, responsáveis pelas investigações, a tornarem públicos os registros.

A expectativa é de que isso ajude a conter a crescente insatisfação entre os eleitores conservadores do presidente, muitos dos quais veem na falta de transparência um possível encobrimento.

A crise em torno do caso Epstein tem alimentado teorias da conspiração desde sua morte em uma prisão federal em agosto de 2019.

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Embora as autoridades afirmem que ele cometeu suicídio, a proximidade do ex-financista com figuras poderosas, incluindo membros da realeza, chefes de Estado, bilionários e o próprio Trump, mantém o tema em evidência.

Segundo o memorando do Departamento de Justiça, o júri que analisou o caso de Epstein ouviu apenas um agente do FBI durante as sessões realizadas em junho e julho de 2019.

No caso de Maxwell, o grupo escutou o mesmo agente e um detetive da polícia de Nova York em audiências entre junho de 2020 e março de 2021. O documento é assinado por Jay Clayton, procurador do Distrito Sul de Nova York, com apoio da procuradora-geral Pam Bondi e do vice-procurador Todd Blanche.

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A pressão por mais revelações vem crescendo, sobretudo após o departamento decidir não divulgar novos arquivos ligados ao caso, frustrando os apoiadores de Trump.

A decisão contrariou o tom adotado anteriormente por figuras centrais do governo, como o próprio presidente e a procuradora Bondi, que haviam prometido tornar públicos detalhes sobre os negócios, viagens e relações de Epstein, inclusive uma lista de possíveis clientes financeiros.

Ghislaine Maxwell cumpre pena de 20 anos de prisão por recrutar adolescentes que foram abusadas sexualmente por Epstein. Ela foi condenada em dezembro de 2021 e, segundo seus advogados, prestou depoimento na semana passada a procuradores federais na Flórida, respondendo a perguntas sobre cerca de 100 pessoas.

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Maxwell manifestou interesse em testemunhar no Congresso, mas exige imunidade judicial para fazê-lo. Seu advogado classificou um depoimento sem essa garantia como “inviável”.

Trump, por sua vez, segue tentando se distanciar do escândalo. Embora tenha negado conhecimento prévio dos crimes, enfrenta questionamentos sobre sua relação com Epstein.

Na terça-feira (29), em um discurso na Carolina do Norte, o presidente alegou que expulsou o ex-amigo do clube Mar-a-Lago por ele ter “roubado” funcionárias do resort, incluindo Virginia Giuffre, uma das principais testemunhas do caso, que morreu em abril.

O Departamento de Justiça afirma que a divulgação das transcrições atende à crescente demanda por transparência. A decisão agora está nas mãos dos juízes federais.

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