Mensagens obtidas pela Polícia Federal durante uma investigação que aponta o presidente afastado da Alerj, Rodrigo Bacellar, e o desembargador Macário Ramos Neto pelo suposto vazamento de informações sigilosas relativas às apurações contra o deputado TH Joias, do MDB, serviram de embasamento para a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a prisão do magistrado nesta terça-feira.
Os contatos entre Bacellar e Macário, segundo a PF, demonstram uma “relação de intimidade” que pode ter servido ao vazamento de informações.
Em nota, a defesa de Bacellar afirmou que “o parlamentar sempre se colocou à disposição para evidenciar seu não envolvimento nos fatos noticiados” e negou o envolvimento do deputado em tentativa de “inibir ou embaraçar qualquer investigação”. A nota é assinada pelos advogados Daniel Bialski e Roberto Podval.
No começo de dezembro, a PF prendeu Bacellar pelo suposto vazamento de informações para o então deputado TH Joias. O ex-presidente da Alerj chegou a ficar cinco dias presos, tendo sido libertado após uma decisão da Casa que revogou a prisão. No dia seguinte à soltura, ele pediu licença do cargo.
Por decisão de Moares, Bacellar tem que usar tornozeleira eletrônica e obedecer a algumas restrições, como permanecer afastado da presidência da Alerj, recolhimento domiciliar, proibição de se comunicar com outros investigados, suspensão de porte de arma e entrega de passaporte.