É inegável que Debora Bloch, 62 anos, é sucesso absoluto em Vale Tudo com sua interpretação de Odete Roitman. O talento da atriz não se reflete apenas na qualidade do seu trabalho nas telas, mas também na reação dos telespectadores, que imploram por alterações no destino da vilã no remake. No entanto, sua maestria não é novidade na televisão. Com mais de 40 anos de carreira, Debora coleciona personagens que conquistaram o público e a credenciaram para interpretar um dos papéis mais icônicos da teledramaturgia brasileira. A coluna GENTE selecionou cinco dos trabalhos que já comprovaram o talento da atriz muito antes de assumir o cargo mais alto da TCA.
Jogo da Vida (1981). A novela de Silvio de Abreu foi sua estreia na TV. Pelo seu trabalho, ela ganhou o prêmio de atriz revelação da Associação Paulista de Críticos de Arte, no ano seguinte.
Bete Balanço (1984). Sucesso de bilheteria, o filme trouxe Bloch como a protagonista Bete, uma jovem mineira que parte para o Rio de Janeiro para realizar o sonho de se tornar cantora. Na nova cidade, percebe que a vida não é tão fácil assim. A performance da atriz foi bastante elogiada e lhe rendeu o Prêmio Air France de Melhor Atriz Protagonista e o Prêmio APCA de Melhor Atriz de Cinema.
TV Pirata (1988-1992). A atriz interpretou diversos personagens no programa humorístico, marcado até hoje como um dos melhores da televisão. Nas esquetes, Debora viveu as lendárias Adelaide Catarina, repórter do quadro Plantão da Farmácia Central, e Natália, de Fogo no Rabo – uma paródia da novela Roda de Fogo (1986). No programa, ela chegou até a interpretar uma personagem “topetuda” com sobrenome Roitman.
Caminho das Índias (2009). No folhetim de Glória Perez, a filha de Jonas Bloch viveu o drama de Silvia, uma mulher enganada pela amiga Yvone (Letícia Sabatella) e pelo marido, Raul (Alexandre Borges), que se finge de morto para sumir com a vilã. Impossível não lembrar da cena em que Silvia reencontra o suposto falecido.
Segunda Chamada (2019-2021). Na série da Globo, Debora interpretou Lúcia, professora de uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Há alguns anos, a atriz falou que a personagem mudou sua vida. “Esse trabalho mexeu muito comigo. Foi um mergulho profundo na vida dessas professoras de estudos para adultos na periferia, os EJAs, em lugares muito precários, desde as instalações das escolas até a vida dos alunos”, disse a um podcast.