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De Wandinha a Labubu: fantasia de Halloween pode (e deve) virar moda

Toda geração tende a reinventar o medo, mas no Halloween (por aqui, Dia das Bruxas), que ganhou força nos últimos anos entre a turma da moda, o barato é transformar em beleza. Agora, na sexta-feira, 31, não será diferente. A tendência é ir além da fantasia e transformar a noite em um palco de estilo e performance – como um desfile entre o lúgubre e o glamouroso, que mistura passado e futuro, onde a sombra flerta com o brilho do LED e a bruxa divide a cena com androides de ficção científica. É o encontro do gótico romântico com o high-tech, da nostalgia com o neon.

Assim, nascem algumas ideias para o Halloween 2025. A estética gótica, que nasce da melancolia vitoriana e floresce entre rendas e veludos, por exemplo, retorna mais romântica do que nunca, e não necessariamente com visual totalmente preto. Pense em noivas fantasmagóricas, tule esgarçado, transparências, véus etéreos, camafeus antigos e maquiagem pálida — uma bela homenagem aos espectros ou nos visuais beige goth de Jenna Ortega. Sua Wandinha Addams, aliás, segue como musa-mor desse universo sombrio e poético, não só pela recente estreia da segunda temporada da Netflix, mas pelo impagável humor mórbido e visual altamente reconhecível. Ela e a personagem de Lady Gaga (ou ainda, seus looks diferentões desfilados por aí) são prova viva de que o gótico nunca sai de moda.

No extremo oposto — e ainda assim complementando esse imaginário — surge o futurismo cintilante. Fantasias inspiradas em filmes como O Quinto Elemento ou Blade Runner misturam metais líquidos, tecidos holográficos e circuitos de LED. É o Halloween da era digital, em que cada look parece pulsar com energia própria. Dentro desse contexto, quem deve virar hit é o Labubu, personagem excêntrico que virou febre entre colecionadores e fashionistas, e que representa bem esse espírito: híbrido, divertido e levemente perturbador — síntese perfeita da estética pop surrealista.

E ainda há espaço para a nostalgia encantada: fadas do estilo “cottagecore”, criaturas da floresta, Glinda e Elphaba de Wicked (porque toda boa história tem sua dualidade e o figurino do filme ganhou até Oscar), Branca de Neve e sua Bruxa Má, ou até bonecas de porcelana rachadas — um toque de inocência e terror na medida certa. As referências da cultura pop, aliás, seguem ditando o ritmo das festas.

Ícones do cinema e dos quadrinhos Capitão América, Superman, Quarteto Fantástico — dividem o palco com personagens retrô dos anos 90 e Y2K – o infame Morango do Amor, Bobbie Goods e heróis esquecidos de videogames e desenhos animados. Afinal de contas, a nostalgia é a nova poção mágica do estilo.

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Assim, para este Halloween pense nas palavras teatralidade e auto expressão. Aposte em texturas e camadas: veludo, tule, renda, vinil, brilho metálico. Abuse de acessórios: luvas longas, gargantilhas, tiaras, capas, véus e próteses criativas. E torne a maquiagem sua aliada — dos olhos sombreados com glitter às ilusões artísticas que transformam o rosto em tela. Mas não se esqueça: conforto e mobilidade também são parte do encanto. Para além do disfarce, o Dia das Bruxas hoje é um manifesto estético. Um convite para habitar personagens, reviver fantasias, mas, acima de tudo, celebrar o poder da imaginação. Porque, neste ano, não basta vestir o medo, é preciso fazê-lo brilhar.

Jenna Ortega veste alta costura da coleção outono/inverno 2025 da Ashi Studio
Jenna Ortega veste alta costura da coleção outono/inverno 2025 da Ashi Studio: visual <em>beige-goth</em> que deve pegar no Dia das BruxasMike Marsland/WireImage/Getty Images

 

Anitta em versão terror do Labubu: tendência
Anitta em versão terror do Labubu: tendênciaInstagram @anita/Reprodução
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