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De onde vem humanização de assassinos como o que matou Charlie Kirk?

A decisão de enorme repercussão tomada pela rede ABC, de suspender um dos mais conhecidos apresentadores de um programa de entrevistas da televisão americana, Jimmy Kimmel, mostra como o assassinato de Charlie Kirk está provocando enormes reações. O apresentador chamou o assassino de “menino” e afirmou, depois que a direita estava tentando esconder que era “um deles”.

Dizer que Tyler Robinson é da turma de Donald Trump se tornou uma espécie de autodefesa ensandecida da turma que abomina o presidente americano e sente os efeitos de um crime político de proporções que crescem sem parar. Kimmel não emitiu uma opinião nem fez um “comentário”, mas sim distorceu todos os fatos conhecidos até agora. Em outras palavras, mentiu – e mentir deliberadamente é um direito ou uma infração do contrato, escrito ou tácito, que todos os comunicadores têm?

E qual exatamente foi o peso das críticas do presidente da Comissão Federal de Comunicações, Brendan Carr? Sentiu-se a Disney, dona da ABC, ameaçada num gargantuesco negócio que está para sair no ramo do entretenimento?.

Essa é uma discussão infinita. Outra “tendência” distorcida é tentar transformar o assassino num herói de esquerda. É quase inacreditável, como celebrar Lee Harvey Oswald por matar John Kennedy, mas já está acontecendo – e não só entre os tolos que continuam fazendo postagens comemorativas sem pensar nas consequências. Existe um precedente: Luigi Mangione, que matou no meio de uma rua de Nova York um executivo de uma empresa de planos de saúde, tornou-se um assassino celebrado por jovens que gritam “Free Luigi” em frente aos tribunais onde ele passa por audiências.

ROTEIRO DO CRIME

Se a morte de um diretor de plano de saúde é considerada não apenas justificada, como algo a ser celebrado, imaginem Charlie Kirk, na sua posição de um dos mais conhecidos para-raios da ira esquerdista?

Nas sociedades civilizadas, todos devem ser tratados com humanidade, inclusive os piores criminosos. Cabe-lhes justiça, não vingança. Mas isso é bem diferente do tom que começa a circular em meios chamados progressistas.

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O caso de Matt Guttman, repórter da ABC, um dos grandes canais abertos dos Estados Unidos, ilustra isso. Disse ele sobre as mensagens trocadas entre Robinson e seu interesse romântico transexual, Lance Twiggs, que havia mudado o nome para Luna.

As mensagens tratam extensamente sobre o assassinato, constituindo um roteiro detalhado do crime cometido por Robinson – e da sua extraordinária falta de noção ao imaginar que, se recuperasse o fuzil usado no crime, escondido numa moita, não haveria provas contra ele.

‘DE CORTAR O CORAÇÃO’

Imaginem um jovem de 22 anos, inteligente a ponto de ganhar uma bolsa de estudos numa universidade importante (abandonada pouco depois) que ignora métodos investigativos básicos, como a varredura em todas as câmeras de segurança, com a rápida identificação do procurado? O perfil psicológico de Tyler Robinson será amplamente traçado.

Pois Matt Guttman achou mais interessante dizer que a troca de mensagens foi “muito tocante”, inclusive quando ele diz ao companheiro “Eu quero te proteger, meu amor”. Detalhe fundamental: ele inventou essa frase, inexistente no texto original.

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“É de cortar o coração, em muitos níveis, esta dualidade, este retrato de uma pessoa muito humana”, comentou o repórter. Estaria ele vivendo uma realidade paralela ou tentando criar uma versão moderna de Romeu e Julieta, na qual o nobre Tyler Robinson mata em nome de seu amor por uma pessoa em transição de gênero que se veste como um bichinho de pelúcia, um tipo de variante sexual difícil de explicar?

As conclusões são óbvias – a ponto de Gutman tentar se explicar (“Lamento profundamente que minhas palavras não tenham deixado claro”etc etc).

O assassinato de Charlie Kirk virou um fenômeno de proporções globais, com o mesmo padrão se replicando, de manifestações comemorativas por parte do espectro à esquerda e denúncias desses atos desprezíveis por parte da direita. O ciclo está envenenando a convivência social nos Estados Unidos e todas as pessoas que tentam seguir padrões morais normais deveriam se esforçar para rompê-lo.

ROUPA ANTISSUICÍDIO

Transformar criminosos em heróis românticos, “um menino destroçado pelo amor”, na definição de outro comentarista, Montel Williams, da CNN, é uma das piores deformações do pensamento de esquerda e, obviamente, causa revolta e indignação – sentimentos que alimentavam uma boa parte do público conquistado por Charlie Kirk ao defender valores conservadores em oposição ao pensamento dominante, inclusive o que trata criminosos como vítimas da sociedade. Ou tenta inverter os fatos, amplamente expostos, como fez Jimmy Kimmel, cuja suspensão tem um impacto enorme e expõe o estado de alta conflitividade existente no momento nos Estados Unidos.

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Tyler Robinson não é bonitão como Luigi Mangione e não tinha nada de heroico ao aparecer na primeira audiência perante a justiça, vestindo uma roupa antissuicídio – uma túnica até.o joelho feita de tecido sintético bem grosso, sem mangas, gola ou fechos que possam ser usados por um prisioneiro determinado a tirar a própria vida.

Nos textos trocados com a pessoa com quem tinha uma relação sentimental, ele conta tudo logo de cara, mas diz que pretendia “manter isso em segredo até morrer de velhice”. Na verdade, terá pela frente uma vida usando a túnica anti-suicídio.

Também diz que “o ódio tinha que acabar”. Para isso, matou um homem. Todas as pessoas viveriam num mundo melhor se tentassem se manter bem longe desse tipo de barbaridade.

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