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De Fux a Fidel: o voto de 13 horas que rivaliza com os discursos mais longos da história

Antes da ministra Carmen Lúcia votar para formar maioria pela condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux entrou para a história da corte ao proferir um voto de mais de treze horas no julgamento do ex-presidente e outros sete réus por tentativa de golpe, tornando-se o voto mais longo da última década.

O feito da quarta-feira 10 superou o voto de seis horas e meia de Celso de Mello no caso da criminalização da homofobia. Mas ainda ficou atrás da exposição de impressionantes quinze horas e 48 minutos de Joaquim Barbosa, nem as quinze horas e quatro minutos de Ricardo Lewandowski, ambos no julgamento do mensalão.

Embora tenha sido um voto técnico e jurídico, a duração colocou Fux em uma posição curiosa: comparável a discursos históricos de líderes conhecidos por sua oratória prolongada. Fidel Castro, por exemplo, detém o recorde de discurso mais longo na Assembleia Geral das Nações Unidas, com quase quatro horas e meia, e em 1986 chegou a falar por sete horas e dez minutos seguidos em Congresso do Partido Comunista em Havana.

Outro exemplo é o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, que em 1999 falou por nove horas e meia durante uma reunião da Assembleia Nacional e transmitiu programas de quase dez horas consecutivas na televisão venezuelana. Já o ex-ministro indiano V.K. Krishna Menon falou por mais de sete horas nas Nações Unidas em 1957, discorrendo sobre a questão da Caxemira — o discurso mais longo já registrado pela organização fora do âmbito da Assembleia Geral.

Até na política moderna, líderes continuam a impressionar pelo tempo de fala. O senador democrata de Nova Jersey, Cory Booker, quebrou o recorde de discurso mais longo da história moderna do Senado dos Estados Unidos no início deste ano, falando por chocantes 25 horas e cinco minutos em protesto contra políticas da administração do presidente Donald Trump. O objetivo? Causar — e cansar os rivais.

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