Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 13, mostra que 50% dos entrevistados concordam com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto 43% disseram discordar da encarceramento. Já 7% dos ouvidos não souberam ou não quiseram responder. O instituto ouviu 2.005 pessoas entre segunda-feira, 8, e terça-feira, 9, em 113 cidades brasileiras, ou seja, antes da definição da pena de 27 anos e três meses no regime inicial fechado imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais (p.p.) para mais ou para menos.
Em abril deste ano, quando o instituto realizou primeiro levantamento do tipo, 52% eram favoráveis a prisão do ex-presidente da República. Para 42%, a resposta foi não concordar com o encarceramento de Bolsonaro. Em julho, a pergunta feita pelo Datafolha apresentou empate técnico. Isso porque, 48% sinalizaram positivamente com a punição e 46%, não.
Sobre eventual cumprimento de pena, 50% disseram acreditar na prisão de Bolsonaro. Já 40% não confiam que o ex-presidente, de fato, será preso. O instituto ouviu 2.005 pessoas entre segunda-feira, 8, e terça-feira, 9, em 113 cidades brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais (p.p.) para mais ou para menos.
Anistia e inelegibilidade
Atualmente, Bolsonaro cumpre regime domiciliar cautelar, ou seja, medida imposta ainda sem cumprimento judicial por condenação transitada em julgado. Para tentar escapar de uma punição, o ex-presidente confia em um projeto de anistia a ser analisado por deputados federais e senadores. A expectativa da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é votar o pedido de urgência e o texto final da anistia na Câmara dos Deputados na próxima semana. As articulações se intensificaram nas últimas semanas e ganharam participação até do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de primeiro escalão de Bolsonaro.
O ex-presidente da República já estava inelegível até 2030 por conta de duas decisões proferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — uma no caso da reunião com embaixadores de outros países no Palácio do Planalto, quando ele atacou as urnas eletrônicas, e outra no caso do 7 de setembro de 2022, quando usou estrutura do estado para fazer campanha política. Agora, a inelegibilidade imposta nesta quinta-feira, 11, pode durar até 2060.