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Da cozinha improvisada ao mercado nacional: a trajetória de uma empreendedora que construiu excelência na luta

Da cozinha nos fundos de uma casa em Cordeiro, no interior do Rio de Janeiro, surgiu uma das mais respeitadas confeitarias artesanais do país, a Louzieh Doces Finos. Há 36 anos, sem formação técnica na área e distante dos grandes centros, Louzier Lessa deu o pontapé inicial que culminou na marca que hoje produz em média 15 mil doces de alto padrão por mês para festas e eventos em diferentes regiões do país.

O empreendimento começou de forma modesta, com a venda de sabores simples em uma pequena vitrine instalada em uma sorveteria da cidade. A aceitação imediata fez o volume de encomendas crescer rapidamente. “Não havia plano de negócio, nem estudo de mercado. Havia necessidade e vontade de fazer dar certo”, conta Louzier.

O primeiro grande salto ocorreu com um pedido de dois mil doces para uma festa de 15 anos – produção impensável na época, mas que foi prontamente aceita e, por fim, perfeitamente entregue. A partir dali, a atuação da  marca no mercado de eventos passou a crescer cada vez mais.

A entrada em cidades maiores, como Nova Friburgo e Niterói, abriu caminho para o circuito de festas do Rio de Janeiro e, posteriormente, para o reconhecimento nacional. Em 2010, Louzier venceu um concurso que premiava o melhor doce do país e passou a integrar a tradicional feira de noivas da Daslu, em São Paulo, onde suas criações chamaram atenção pelo refinamento estético e pela combinação de sabores pouco convencionais, como figo com champanhe, damasco com cardamomo e frutas modeladas manualmente – como faz em todos os doces: mesmo com o crescimento, a produção preservou o caráter artesanal. Cada doce passa por diversas etapas manuais, em um processo que pode ultrapassar três horas por unidade. Não há linhas automatizadas: o trabalho depende da habilidade da equipe e da supervisão direta da fundadora.

O momento mais crítico da trajetória veio com a pandemia, quando o cancelamento de eventos presenciais paralisou o setor e obrigou a empresa a se reinventar. A reação deu origem a um dos carros-chefe da loja: o delivery de doces avulsos e fatias de bolo de casamento, voltados a pequenas celebrações. A estratégia permitiu atravessar a crise e manter a marca ativa.  “O delivery nasceu da necessidade, mas acabou virando um dos pilares do negócio”, diz Louzier. 

Ainda hoje, Louzier faz questão de preservar a produção no interior. Para ela, o crescimento sustentável passa pela consistência, pela disciplina produtiva e pela recusa em acelerar processos em nome do volume. A aposta na excelência, afirma, segue como o principal ativo da marca.

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