Dados em poder da CPMI do INSS jogam nova luz sobre o tempo em que Hugo Motta (Republicanos-PB) empregou em seu gabinete o diretor de políticas públicas da Conafer, segunda entidade que mais lucrou com a fraude bilionária de descontos de aposentadorias.
Como assessor de Motta, Jerônimo Arlindo da Silva Júnior ganhava 1.500 reais por mês. A Conafer complementava a renda dele: só de novembro de 2020 a janeiro de 2021, pagou, segundo o Coaf, uma bolada de 227.000 reais ao então funcionário da Câmara.
Na média, a entidade garantiu, nesses três meses, uma remuneração mensal de 75.700 reais a Júnior do Peixe, como é conhecido o aliado de Motta – cinquenta vezes mais que o salário no gabinete do deputado paraibano.
Júnior trabalhou com Motta de outubro de 2020 até o fim de fevereiro de 2021, anos antes de o deputado se eleger presidente da Câmara.