A CPMI do INSS ouve nesta quinta-feira o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho, e deve questioná-lo sobre os “méritos” da atuação conjunta com a Polícia Federal na megaoperação “Sem Desconto” e uma suposta “inércia” diante de relatórios da própria CGU que teriam identificado um “aumento significativo na fraude” de descontos associativos ainda em 2023.
Um dos porta-vozes da oposição, o senador Izalci Lucas (PL-DF), autor de pedido de convite para o chefe da Controladoria comparecer à comissão, reconhece que “as auditorias conduzidas sob a gestão do ministro foram cruciais para expor que 97% a 98% dos descontos associativos nos benefícios previdenciários eram completamente desprovidos de autorização, desmascarando uma rede de associações de fachada, empresas intermediárias e agentes públicos corruptos”.
Por outro lado, questiona “por que, cientes do crescimento exponencial de um esquema bilionário, a CGU e o Poder Executivo não adotaram medidas drásticas e imediatas para estancar a sangria, permitindo que a fraude se perpetuasse por meses a fio até a deflagração pública da operação em abril de 2025”.
A reunião da CPMI tem início previsto para as 9h, mas, antes do depoimento de Carvalho, os parlamentares vão votar uma série de convocações de suspeitos ligados a entidades associativas e empresas investigadas por participação no esquema de fraudes.
