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CPMI do INSS ainda tem caminhos para evitar a desmoralização completa

A CPMI do INSS foi instalada no Congresso para expor o submundo da Previdência que abrigava uma série de entidades sindicais especializadas em desviar recursos de aposentados no país. Durante os governos de Jair Bolsonaro e de Lula, esse bando surrupiou 6,3 bilhões de reais das constas de milhões de aposentados.

A comissão teve um começo até estimulante, com a chegada de sigilos bancários de investigados que revelaram um fluxo variado de dinheiro nas contas dos sindicatos investigados. Muita gente lucrou com a roubalheira no INSS.

Em vez de avançar para descobrir o tamanho dessa roubalheira, a CPMI passou a blindar investigados. Com a maioria no colegiado a gestão petista de Lula conseguiu barrar as convocações de familiares do presidente e de figurões de esquerda citados nas apurações. Sem investigar o que deveria ser investigado, a comissão ficou girando em depoimentos destinados a fazer barulho nas redes, mas com pouca efetividade.

Nesta semana, a investigação fechou os trabalhos neste ano. A promessa dos parlamentares é de que os trabalhos serão retomados a partir de fevereiro do ano que vem com um relatório preliminar e outros alvos a seguir.

Presidente da CPMI, Carlos Viana antecipou alguns resultados que devem integrar esse relatório. Até aqui — já são mais de três meses de trabalho –, a comissão fez 28 reuniões, quebrou os sigilos de 48 alvos da apuração, identificou 108 empresas metidas no esquema e mapeou cerca de 1,2 bilhão de reais em movimentações sem lastro.

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A promessa de Viana é de que a comissão investigue os políticos que deram suporte ao esquema no INSS. Esse, inclusive, é o único caminho capaz de evitar a desmoralização completa da comissão e o fim melancólico de mais uma CPMI no Congresso.

Para isso, a ideia é que a CPMI seja prorrogada por mais dois meses. A conferir se os políticos permitirão, de fato, esse avanço.

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