A CPI do Crime Organizado do Senado vai ouvir nesta quarta-feira o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (grupo especial do Ministério Público), referência na investigação das atividades do PCC, e o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Antônio Glautter de Azevedo Morais.
Ambos foram convidados pelo relator da comissão de inquérito, Alessandro Vieira (MDB-SE). O senador ressalta que Gakiya investiga a facção originada em São Paulo desde o início da década de 2000 e “é um dos nomes que mais conhece a atuação da organização criminosa” no país.
“O enfrentamento eficaz dessa modalidade criminosa não é tarefa de um único órgão, mas exige uma atuação coordenada, sinérgica e robusta de múltiplas esferas do Poder Executivo, abrangendo desde a inteligência estratégica até a repressão qualificada e o controle do sistema prisional”, escreve Vieira no convite ao diretor da Senappen.
O órgão de Antônio Glautter de Azevedo Morais é subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. “O crime organizado moderno atua em diversas frentes: tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, contrabando, descaminho e infiltração em setores da economia e do próprio Estado”, diz o relator da CPI.